terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Natalicias 2007


enquanto celelebram nascimentos tambem ocorrem tragédias
fortes causas, catástrofes, da realidade surgem comédias
como quem dias passe até ser passado ou ultrapasse um obstáculo
vida, só um momento que desaparece entrentanto, então calculo
coisas que não engulo, a morte que me rodeia, tanto cabrão que odeia
amores padecem-se em pranto, os solitários esquecidos
festas celelebram amigos, a nostaligia é vivida
Natal é uma hipocrisia, puta que pariu a vida


Nota: dedicado ao meu amigo do coração, mano, daquelas patuscadas maravilhosas em tua casa por cima do neves a jogar aquelas consolas maradas e a fumar aqueles cigarritos e charutos ás escondidas e essas recordações boas que eu sei que tu sabes e que eu nunca vou esquecer; IRMÂO António toninho prado roxo alexandre xana xaninho xano querido galinha fintas com aquela pinta, um abraço deste amigo que promete recordar essas cenas todas fixes que passámos juntos! E acho uma grande merda ter dizer esta merda toda por nunca mais poder tar contigo e essas pessoas todas que espero tarem aí contigo no paraíso a quem queria dar aquele abraço!

life: 4 de janeiro de 1979 - 23 de dezembro de 2007 ; acho catastrófico isto e estou muito trite e choro! fico xunga a pensar na vida que está sempre a fugir debaixo dos pés! Acautelem-se os que ainda estão vivos e festas prudentes para que ainda haja amigos tão grandes como este que acaba de nos deixar

domingo, 16 de dezembro de 2007

filosofia barata


por meio de actos caricatos progrido no seio de desacatos
tudo mudou desde que cheguei, incompreensivel o que sonhei
evitei ciladas e de mãos atadas continuei por outras borradas
amanhã não vou ser o que ontem almejei o que hoje sei desaparece
em cada escolha que tece este caminho que me olha sozinho
que não condena a companhia é o coração que me ordena como guia
a cada dia que passa só sentimentos vão ficando, como ideais
o resto das regras sociais são apenas superficiais e me encurralam
por todas as ideias que em mim conservo esqueço as que sinto quando observo

FOTO: por Tiago Amado@acampamento base/rio Teixeira

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

musica nas palavras?


de volta aki quando tropeço em palavras, sigo um ritmo absurdo
e mudo sinto-me sereno, amenos sons que me desprendem do silêncio
a inocência contempla imaginativa, a odisseia auditiva, que se propaga
não é praga nem virus, nem som puro em concreto, decerto será um pretexto
ritmo surge num texto, somente é musica pura, depois de feita a leitura
perfeito estranho é o tema, alheio ao lema daki, sai fora da melodia

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

mais 7 versos


falo por nada dizer acerca da satisfação que se rebate entre as escolhas
olhas, segues em frente, então a mente reflecte sobre lógica do acto
inquiro o que observo, reflectido em meu pranto, um vislumbre da vida
escolhi a minha em função de outras, que vejo em antros onde paro entretanto
entretido com estrelas, contemplando as janelas do tempo, vai passando
não saio disto com vida, conto a já vivida reflectindo decisões, sinto que ando
no campo das minhas acções, passam-me ao lado evoluções, escolhas que nunca compreendi

foto: por carapeto na festa de hilight tribe na calha do grou

domingo, 4 de novembro de 2007

imaginar liberta


beber imaginação é natural como um impulso
sugo cada pormenor que vou organizando avulso
a sensação de clareza não é adquirida em pack
é acumulada entre gotas, espero que a fonte não seque
fonte que ouve com atenção o meu verso
regista o que não converso, não me reprime
exprime o que o espírito emana, voz de si próprio
do solstício ao equinócio há todo um ciclo de vidas
aditivos cognitivos à minha imaginação
divago o óbvio o aparente e o real com travessão
liberto o odio o interesse, mantenho a motivação
mantenho um dogma inato, a liberdade de expressão

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

tat twam asi (assim és tu)


...conspiro no silêncio contra ideais nocivos
espero da minha inércia neuro-sonhos activos
conservo um dogma lunático
chave de um portal intergaláctico
onde mato a sede na fonte da sapiência
tão imensa, imedível, une fios de experiência
por onde sigo agora? em ideais abro parênteses
por me embrenhar em pormenores que acabam em reticencias
experiências incompletas, esperam que acabe o que começas
mas curta vida, é um puzzle no qual nunca se esgotam peças
cresço vão, irrisório, no imenso mundo que exploro
vivo dos passos que dou, a inspiração nunca acabou
imagino, algo começa...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

sei lá


vagos, pensamentos soltos, catalisadores de acções
como um reflexo de vidas no meu campo de visões
reacções solto, indignado pelo raciocínio toldado
ideais já me ensinaram mas era tudo emprestado
ignoro esse escrutínio de eleger burros e sábios
imprevisível pensamento, difícil é le-lo nos lábios
do momento em que o sinto até exprimir a ideia
já é uma trama complexa, sou apanhado na teia
entre a ordem e o caos, dirijo-me pelo presente
pensando aquilo que sinto, ajo, real, absorvente
como reflexo do meio, não luto pelo que almejo
sofro pelo que anseio, sigo o coerente que vejo

terça-feira, 25 de setembro de 2007

nada

Não tenho nada pra dizer mas o papel está a ressacar. Pede doses de descarga, de prazer incontrolado, vou gritar sem dizer nada por um bocado, ferir ouvidos moucos, recomeçar o acabado cujo fim consome loucos. Já poucos são os restos de inspiração, ando com fome de versos ocos, saudades da imaginação.

improviso antigo


No improviso entro e saio, fico ileso! Uma luz dá o aviso, invade a mente e fico aceso pró desprezo conceptual! Sem tema o raciocínio é muito mais espiritual. Um divago é tão coeso como um dito trivial senão, igual a qualquer teso ideal convencionado e global! E como tal, falo sem nexo, tudo o que vejo é tão complexo que o consciênte fez uma pausa, sou tudo aquilo que conheço e desconheço a sua causa!
Consequência: há um sarcasmo enigmático, quando apático, emito um espasmo. Um dom galático envadiu o espirito, se o vires, traz-mo. É o poder satírico, a expressão do desejo! Só o sinto quando o exprimo, mas sinto muito, não o vejo! Como queijo, algo escapa na memória mas não ostento, não invejo! Teço um esboço agora, reciclo o que deitas fora. Tão grande o Mundo que és, e tão pequeno aos meus pés, caminho-te por me ir embora
...

10/1/2003

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

ser e sentir


sentes sempre quem és mas nunca serás o que sentes
o que sonhaste esqueceste, planeias algo que desmentes
mentes aos teus desejos, segues vias que surgiram
despojos que acumulaste taparam os rastos que te guiam
e és um reflexo do meio, sentidos são em ti clonados
estás vinculado a seres pelo Ter amaldiçoados
sozinho segues vazio por tentares o que sentiste
em grupo sentes quem és, mas nunca o que almejaste
o que sonhaste esqueceste ou sonharás para sempre
nessa calma vitrea, colaste em visões pasmosas
a realidade e os sonhos, fundes em poesia e prosas

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

divago


notas dispersas, emoções, inconstâncias
verdadeiras melodias criadas em circunstâncias
acolhedora floresta e o espirito que se manisfesta
nesta parca estalagem, a realidade é uma miragem
ambas caleidoscópicas, visões surgem num todo
amor à primeira vista e só depois a conquista
de uma experiência mística com palavras

terça-feira, 7 de agosto de 2007

elixir do Amor


tão stressado, convulso, ego meu individualista
compartilho afecto mas não chega o que está à vista
tento ser como tantos mas nada sei, ignorante
de revelações que agradeço, teço o que preciso
tal como antes afirmei, sou apenas farol cintilante
à espera de atrair um barco com meu parco sorriso
ilumino improvisos, dou-lhe a volta com palavras
portas fecho, metáforas, dou a chave para que abras
o outro lado da mensagem, onde revelo a passagem
no inicio do fim da vida, não sou uma só imagem
todo um um conjunto de trilhos, de onde vim até hoje
não sei quem sou e perdido tento chegar tão longe
já sei o que é ficar velho, abuso, morro, recuso
e saboreio o caminho, experiência é tudo o que uso
viver é enquanto há momentos, tudo a que damos valor
sentimentos como Amor que rejuvenescem a alma

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

sem nexo


Ridicularizados, actos soltos, desacatos
confrontos entre melodias e dicionários baratos,
compõem feitos e defeitos neste sitio pacato,
trago ritmo, no texto aqui brincam as palavras
desabafos abstratos que em paz soltam uns bafos,
convexos nexos esquecidos, é absorvida a coerência,
efeito harmónico verso, recarrega a paciência
caralhadas á parte, a educação vem do momento
de empatia e antipatia surge todo o pensamento,
nós e outros, orgulho, competições e problemas,
menos relações da alma, mais de corpo e emblemas,
não compreendo o processo, por isso falo sem nexo,
já nem em papel escrevo, tecnologia e progresso,
tema elimino do medo, de não sentir este divago,
visões unem palavras, emoções soltas aqui trago

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Guias... I


Acumulo idade, procuro clarividência,
a brandura tem mais poder do que a força,
na antagónica vida, evolução, sobrevivência,
a água mole é mais forte que a própria rocha,
a Verdade é metafísica, detectou a evidência!
O Amor é simples e mais poderoso que a violência.
Do Samsara mundano ao Nirvana, me guia o quotidiano,
verdades da ilusão emano, do sofrimento até à libertação!

Guias... II


No amanhã sou uma cobaia das decisões que escolho hoje,
sigo ao longe o imprevisível, o monge, o hábito, os véus,
sinto-me enlaçador de mundos, um caminhante dos céus,
escravo da própria vontade à mercê da Humanidade,
procuro encontrar equilibrio e coragem para o manter,
caminho feito dos princípios que edificam o meu carácter,
a poesia é o perfume da alma, emano clareza de espirito
pelo sentimento sublime, sou um apaixonado pela vida,
a convergência de paixões, recordações das já vividas,
alimentam o fogo, energia geradora de Amor, a emoção,
viver é o prazer visceral ritmado pelo coração,
acompanho outros seres, guiado pela compreensão!

Fotos: Buracas de casimilo na serra do Sicó;

segunda-feira, 30 de julho de 2007

sonhar


sempre escolhi, caminhei, indeciso nas rotas que para mim tracei
onde alcancei o inesperado, alimentei expectativas outras desapareceram,
padeceram de ignorância face ao meio ignóbil que escrutina o que pensamos,
construimos lentamente o que hoje somos, alcançar a Utopia, uma maravilha,
imaginá-la é uma armadilha, um futuro ideal é uma quimera, a fantasia,
enquanto fazia planos, o futuro que pensei, esbarrei com a realidade,
saudade dos sonhos que desejei, constantemente esquecidos pela rotina,
ainda ontem intenso, hoje sonho mediano, ofuscado pelo abstrato quotidiano,
que nos valha o amor, gerado por ligações, não foi escolhido é partilhado
pela empatia de todos os laços de afecto, sei que sonhar é ser amado
...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

"é complicado"


...quando não saber o que dizer e exclamar que é complicado,
tudo é um pacto entre ideias que forma em nós um legado
do complicado subsitir a este complexo sistema, há um paradoxo,
tão simples é desaparecer mas lutamos pelo que é nosso,
o que cá deixamos relata ínfimas passagens quotidianas
os nossos sonhos redondos moldam as nossas vidas planas
ultrapassadas metas, a loucura reevindica novos tentos
pensamentos abastratos, guiam-nos entre caminhos turbulentos
isentos seguem desejos, se a História hoje os recorda
foram concretizados pela ambiciosa sobrevivência
a inocência ousada que emanamos como coragem
...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Neste momento

degrado o consciente na solidão de um aposento
num sem fim de perguntas sem resposta no pensamento
e em tal nada dizer peço ao condão do apontamento
reter uma fracção de nada, colorida, neste momento
um momento em que o instante é uma demora
turbilhão de emoções quando a paz chora
enquanto a inspiração se vai embora
este momento reflecte o que sou agora
um momento perdido entre uma hora qualquer


2002

terça-feira, 3 de julho de 2007

GAP - Pista 1


Trago algo de novo que afinal tu já sabias,
GAPs educacionais, fronteiras entre teorias,
cada qual com suas, crenças e ideologias,
unidos pela alma, iguais, subtis diferenças,
pensas, ajo, reagem, alguém explora o que inventas,
a esperança que alimentas espalha fé noutros sítios
ainda não corrompidos por assembleias e comícios!
Se há um Deus, está em nós que acreditamos na vida,
no adeus dos que partiram reside a chave da saida
deste ignóbil labirinto que encurrala o que nos guia,
cada qual no seu caminho, coadjuvado por muitos
entre tantos oponentes, seguem conceitos diferentes!
Isto até eu sabia, aprendi em aulas de biologia,
competição entre as espécies, extinção, evolução,
Humanos em revolução, confrontos com a consciência,
partilhar e cooperar até Darwin sonhou com isso,
História revelar a essência que nos mantem nisto,
este ciclo vicioso de gerações a evoluir
por um trajecto delineado, existe um pacto conciso
entre o capitalismo e o paraíso, um utópico sistema
conto o que já sabes, poema existencialista
expressa o meu inconformismo, é uma pista...

NOTA: a foto é no Canadá, o Flowers tem-me enviado lindas imagens dos sítios que tem visitado, já tenho autorização para as partilhar e espero faze-lo em breve =D

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Carapeto view


Cheguei, tornei-me passageiro neste meio
introduzi-me, alimentei a minha imagem,
de passagem pelo Mundo teço uma mensagem,
tudo aquilo que vejo é uma miragem,
ilusão! Espalhada pela televisão
fazemos parte dessa programação
telenovelas... da nossa nasce a vida delas
e cresce, nem damos por ela,
vidas artificiais, sinais de mais atracção,
V.I.P. mais importantes que a informação!
Não quero quero saber quem és, só o que sentes,
algo que inventes como fazem tantas mentes,
estão contentes mesmo que a vida não desvendem,
olhos tapados por vendas,
a realidade mesmo à frente da cara!
Olha o cota, só está bem a ver a bola,
a beber copos, esquece a vida , essa revolta,
decisões que vacilam face a tanto caminho,
tanta gente a andar às voltas como um moinho.
Nunca me tento esconder,
espero o que possa aparecer,
menos o que não prometeu vir,
luto, acabo por conseguir,
porque me deixo levar, partilho o que trago comigo,
nunca pensei em escapar, sonhos na mente se activam...

NOTA: Carapeto é o meu amigo que escreveu grande parte destas rimas já há uns anitos, alterei-as e adicionei mais umas rimas para transformar isso neste poema =D

quarta-feira, 27 de junho de 2007

7 versos

Tão pouco fico, triste por algo inacabado
Quando um divago sem rumo, surge vão, deambulado
Um limiar de analepse paira sobre este futuro
Como um tear a estrear, tecer um padrão no escuro
Premeditado a pensar, será que a vida não muda?
Continua, como ponto de partida deste saber empírico
Experiência que defino através de um preâmbulo lírico

terça-feira, 26 de junho de 2007

rimas de Fibonacci


eu
nós
somos
o mundo
a sobreviver
num meio a tentar ser Um
Deus nos convida
na vida
ego
sou
vou
depois
tentar a
sorte que me vê
feliz entre quem me guia
quem me castiga meu ego que me reprime
tudo o que imagino
espalho aqui
sou feliz

NOTA: isto é uma experiência minha a tentar escrever um poema com base na sequência de Fibonacci; claro que não é original, o pioneiro deve ser o vocalista dos Tool, Maynard, quando escreveu aquela musica, a Lateralus, aliás, foi nessa musica que peguei para elaborar isto;-]

domingo, 24 de junho de 2007

Solstício de Caranguejo


...no promontório comemoro o solstício
para o fumício convidei a imaginação
a inspiração colou-se junto
e em conjunto partilhámos a lição
neste verão de Caranguejo
vejo palavras soltas
quando voltas, Sol que no Zénite brilhas
iluminas as ideias dispersas
a norte do equador alimentas
de entre todo o amor que inventas
tentas em mim ideologias sem temas
ensaios, dos teus raios surgem poemas...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

OM


absorto em pensamentos divago
deliciado com esta subtil permanência
dos três primeiros estados da consciência
gérmen de todos os sons que me rodeiam
espirito cósmico, infinito que todos desejam
ele é o corpo sonoro do absoluto
ao alimentar-me esperança é resoluto
é a ressonância fonte da energia que sinto
sinto-me confortavel nesta incerteza
viagem na relação mágica com a natureza
em simbiose com uma noção cíclica do tempo
confuso a racionalizar um pensamento
enquanto Om me conduz das trevas até à luz
da ignorância à verdade, da morte à imortalidade

"a verdade é unica embora os sábios a conheçam como muitas"

NOTA: inspirei-me em Mantras hindus neste poema, mas o que está entre aspas é um verso do Rig Veda, livro dos hinos e o mais antigo dos Vedas, que são dos textos religiosos mais antigos do mundo;

terça-feira, 19 de junho de 2007

dificuldades


quando mereces dificuldades que atravesses
é o que conheces a vingar-se naquilo que teces
o que caminhaste a cercar-te por onde passes
o que realizaste privar-te do que idealizaste
como supunhas não serás tudo o que sonhas
as realidades medonhas são tudo menos risonhas
e desafios que aceitaste, momentos desafiaste
e dificuldades na vida, sentidas porque lutaste

NOTA: esta foto foi tirada no parque natural da Baía de Fundy, no Canadá, pelo meu amigo Flores(flowerpower) que a visitou recentemente;

quarta-feira, 13 de junho de 2007

blog com tomates :-] é PREMIUM


O Blog com tomates, segundo acabei de me informar, é uma bonita inciativa que atribui prémios simbólicos quando considera um "blog com tomates aquele que luta pelos direitos fundamentais do ser humano". Ora, não sei ao certo se os meus poemas correspondem a essas directrizes, embora a mensagem que tento passar através deles reevindique de uma forma ou de outra a tal noção de liberdade, compreensão do que me rodeia, e até, o nicho metafórico ao qual chamamos PAZ, que tento espalhar aos 4 ventos. Agradeço este surpreendente reconhecimento à minha querida amiga Anabela que me nomeou: muito obrigado por vires aqui, dás-me imensa força para continuar as minhas "tempestades mentais", és um estimulo enorme!
E como não podia deixar de ser, faço aqui as minhas nomeações, premeditadas após reflexão, pois parte destes blogs apenas leio, sem coragem para um comentário à altura, mas adoro visitá-los:

amo-te Luso

Crazy moon language

Por favor amigos, ao lerem isto vão ao Blog com tomates comunicar o vosso prémio, e de seguida fazer as vossas 5 nomeações. Abraços;-)

terça-feira, 12 de junho de 2007

passado eterno?


escuto vozes do passado em forma de manuscritos
descritos, contos e fábulas e romances esquisitos
contam dias passados, conhecimentos latos de longe
os que preveram o futuro que no qual me encontro hoje
perdido entre gerações que geram paz neste confronto
o sinistro e o estranho surge em caminhos que me entranham
protegido pela sorte do amor dos seres que me acompanham

busco em morais do passado uma antevisão desta incerteza
mas não para atenuar a dor quando antecipo tristezas
a beleza dos sentidos é que se entregam a momentos
é por cada pormenor que deus existe nos sentimentos
releio ditos de outrora, funcionam como os de agora
e embora o homem de hoje se afirme em voga, moderno
o conhecimento tem raízes e o passado é eterno

quarta-feira, 6 de junho de 2007

canyoning no rio teixeira




...fomos descer o rio teixeira
escondido na serra da freita
foi encontrado por nós
jamais fariamos a desfeita
de não desfrutarmos o paraíso
e indecisos passámos um obstáculo
rapel de 25 metros era só o 1º nivel
são 2km de rio, 210 metros de desnivel
foram bastantes cataratas num só dia
aguas limpidas, piscinas, uma maravilha
é com orgulho que as mazelas exibo
e agradeço aos companheiros do trilho
proporcionaram uma overdose de convívio
faz-se em três horas, nós fizemos em sete
gozámos a paisagem exuberante
e para a próxima a experiência promete
embrenhados na vejetação luxuriante
espera por nós rio, que cá voltaremos
alcançar de novo o que prometemos...


NOTA: este devaneio é totalmente inspirado numa aventura em que participei com o Tiago, o Miguel e o Ricardito, no dia 3 de junho de 2007; como expliquei no poema=D, fomos fazer canyoning num desfiladeiro do rio Teixeira na serra da Freita, para quem se interessar por esta maravilhosa actividade=D, pode encontrar AQUI todas as vicissitudes deste maravilhoso spot em particular=D

quarta-feira, 30 de maio de 2007

...este sentir...

...neste ser, este sentir
nesse divago eterno
ser, sentir, tantas formas
mundo, o meu caderno
regras, normas, esquecidas
tantas fases vividas
frases soltas, sentidas
paixões exacerbadas
sensações momentâneas
divulgadas a soldo
por sentir as palavras
sonho ser o que moldo
rimo, falo ao meu gosto
são faces do meu rosto
exponho o que fecundo
no mundo, o meu caderno
sinto, sou tantas formas
ritmo chega a fluir
nesse divago eterno
neste ser, este sentir...

Ilda Oliveira said...
Quanta luz sou !
Serei ?
E nas longas noites
Saberei pintar a cor do Sol ?
Lembrai Sou !
Para que possas ser Luz radiante.
Se gota de lágrima sou.
Vós sereis os rostos por onde corro em compaixão.
Se gota de água sou.
Vós sereis Oceano, onde reflexos de meu ser encontrarei...
Se por vezes em vosso contínuo caminhar encontrares quem não pense ou sinta como “Vós”.
Que importa !

segunda-feira, 28 de maio de 2007

malta a buçacar na fonte fria


...por vezes a poesia é um som ou um determinado momento, um ritmo que o corpo sente mesmo que não queira, no limiar das melodias que partilhamos em grupo para conforto individual, e a sinergia resultante converge para um vortex de ideias improvisadas pelo momento, que neste caso foram parar a um video...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

natureza mundana


...subentendido ansião no meio do que nos rodeia, Deus, sinais que nos avisam, sobre a inconsciência ecológica com que os humanos desprezam o chão que pisam. Ideais nos confundem, cada ser deixa o seu traço, lembro-me de que a matéria em estado puro vem toda do mesmo espaço. A razão vem da alma, transformação é uma limpeza, "o amor é a causa do movimento da natureza", quando o disse, Platão, não imaginava esta incerteza, tantos anos passaram e o saber que nos transmitiram desperdiçado pelo progresso, o que antes era sentido é agora esquecido e obsoleto. Esta Terra redonda, já foi plana e centro do universo, agora está quadrada, transformada por empresas que passam a ideia errada, utlizamos recursos numa sociedade, ignora que na natureza é que se encontra a liberdade. Nesta mundana prisão, destróis a Terra interiorizando-te na civilização, matas quem te liberta, morrerás aprisionado na solidão...

quinta-feira, 24 de maio de 2007

o coração?!!!

tanta coisa que sente, o coração polivalente
que aguça os sentidos, perde-se em raciocínios
ao despertar curiosidades, vãos sentimentos
que são sementes de dor, da felicidade e magia
a saudade e a tristeza são as raízes da alegria
desaparecem emoções frageis demais para sentir
outras solidificam, assimilada energia
tantas vezes sentida, numa visão caleidoscópica
enaltece o amor mas fomenta também o ódio
no pódio dos sentimentos a alteração é constante
amamos o que não conhecemos, detestamos
apenas quando amámos antes
e entre sonhos distantes, realidades tão perto
o coração descoberto... um paraíso alcançado

sexta-feira, 18 de maio de 2007

no silêncio da noite


entorpeço no silêncio da noite
enquanto um ritmo deambula na mente
não tenho outro remédio
senão o de combater o tédio
sigo atento a ressonância
de palavras soltas que me unem
em seus significados
sou uma incognita, uma nuvem
em breve desapareço
sumo daqui, porêm antes
palavras minhas amantes
chovo do que lhes peço
um poema simples sem nexo
e no silêncio da noite
de complexos me despeço

Ana said...
Dispo-me de mim e visto-me de sonhos,
nessa noite.
Como queria ser sombra,
ser uma nuvem rosada
com sabor a algodão doce,
amar aquele que me abraça durante o sono,
ser a voz acetinada dos seus lábios.
Como queria ser noite perdida no brilho desse olhar imaginário...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

alma!!!?


alma ascende ao paraíso nos sonhos
liberta o pranto acumulado em seus olhos
então regressa à fugaz realidade
há-de alcançar a paz no pesadelo
constrói-se a alma ao vivê-lo
frustrados porque nem todos
cuidam do mundo com zelo
alma maior é um Deus
não é desculpa pra guerras
lutar por terras, herege
e condenar, sacrilégio
filhos duma mesma alma
instruimos a nossa
neste colégio forjado
cinge a alma a uma fossa
manipulada pela ganância
valores morais são esquecidos
enquanto a alma envelhece
espera o concílio dos Deuses
chegar a tudo o que sonha
mas tudo o que supunha...
sonhar é a alma estar lucida

sexta-feira, 11 de maio de 2007

...vento...


pelos ares ventos brandos penteiam
vastas plantas que semeiam
raízes do seu poder
espalham vida no espaço
vêem vida crescer
aos pés do seu regaço
crio o meu laço
é um prazer poder ser
o que em mim cresceu
caí do céu, abençoado
devolvendo a lição estudada
com o viver que me mata...ensinando

terça-feira, 24 de abril de 2007

subindo a montanha


desejos gritam pra serem realizados
enquanto são condenados por passos dados
uns em falso noutros em mim tropeço
um desassossego sem nexo
quando subo a montanha
só, com quem me acompanha
ritmo pulsa inconstante
há sempre algo que atrase
sonhos perto do cume
e o coração na base
sorte que me protege
instinto nem que o negue
é ele quem eu persigo
decisões que dão o mote
do sopé até ao topo
no meio fico um pouco
não tenho pressa nem tempo
acompanhado, sozinho
feliz com o que me contento
a vida está no caminho

NOTA: a foto(cortesia google) é de um vale maravilhoso, no Parque nacional de Ordesa y Monte Perdido em pleno coração dos Pirineus.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

o caça sonhos


ia ali a passar e olhei
mais uma pedra encontrei
nem queria acreditar que merecia
tive um pressentimento
pus o que achei ao bolso
um caça sonhos
ironia
continha algo com que tinha sonhado
ainda melhor
era bom mel
isso nao tinha imaginado
sou um escravo da sorte
acho sempre com espanto
e entretanto sem tempo
vou-me entretendo
um tanto...surpreendido

quarta-feira, 4 de abril de 2007

ensaios


ensaios, parcos projectos da mente para o papel
enquanto um carrossel de ideias entorpece
acontecem-nos sempre, umas cedo recusadas
outras seguem em frente, entre projectos gorados
haverá uma diferente, é registada
num momento guardada, e mais tarde recordada
como fonte de algo, de ensaio a projecto
e no trajecto desencadeia algo que a reforça
mostra um elo de ideias num compromisso sem tema
enquanto aguardam algo mais
...são um poema

quarta-feira, 28 de março de 2007

passos


tantos dias passados
passos dados, sentidos
de momentos partilhados
corações sincronizados
na mesma frequência
eloquência inata
quando a alma está grata
por vivermos em grupo
um apupo ao sistema
que coordena capitais
nada trás de novo
aos ideais do povo,
paz amor e magia
contra a guerra sombria
lutamos, sobrevivemos
também amor partilhamos

sexta-feira, 23 de março de 2007

inspiração antiga


Acorda lá, poeta da hipocondria e rói a corda. Se não és profeta, és tristeza, não melodia. Senta-te à mesa e sái da borda do precipício. A magia foi convidada, e a imaginação, pra um fumício privado, qualquer dia. Se não acordas não estás preparado, sem energia destes aromas, até sem corda és enforcado, pela angústia e esses comas sociais. Pela a agonia provocada pelo silêncio e tudo mais. E a essência aromática da paz imaginativa é mais uma vez desperdiçada, sem paciência, pela apática narrativa!

2002

existência


Só quero continuar a fazer o que me apetece, derivando neste mar que o destino tece.
A temática acrobática desta vida que é um circo, envolta numa problemática para a qual eu já não sirvo. A confusão apoderou-se da frágil identidade sem um dogma nem cultura, à procura da verdade procurando a existência. Seremos todos palhaços ou a vida é uma coincidência?
Sou um surfista do destino, apanho ondas sucessivas, esperando a ideal que traçará o meu caminho.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Primavera


Dia Mundial da poesia, o céu que brilha.
A Terra, tudo ilumina, novas cores que veste,
investe no sorriso das plantas, outro vigor,
amor espalham com a nova estação,
aves que voltam pra passar o verão
e o velho Mundo vê novo ciclo nascer.

terça-feira, 20 de março de 2007

programados


...tantos avanços em motivos programados, cresci, cortei caminho, passos dados em falso em um ou outro percalço, programado ou não, abençoado pela vida, limitado ao que faço enquanto sonho uma saída, porque nada é vão. Gestos dou de bom grado a um e outro irmão que se acumulam na familia, quando é pouca a mobília volta o materialismo, que egoísmo! Todo este individualismo padece da informação, enquanto novos brinquedos iludem como a religião, gananciosos ascendem ao poder, os bolsos mudam de dono e continuam a encher. Quem paga? O tolo, pobre do povo que acredita em panaceias, enquanto o mal, embalado, vai corrompendo as aldeias, pessoas alheias ao facto de que grande parte do desacato é provocado por objectos. Ouro, prata e diamantes que despoletam a cobiça de tantos espertos e ignorantes. As verdadeiras doutrinas não são assim programadas, fertilizadas na alma dão valor à Natureza, mãe de todos os deuses, põe-nos comer na mesa que antes não era embalado, directo da terra para a panela e não de supermercados como hoje em dia. Absorvo melancolia quando penso no futuro, a nossa aldeia global já mais parece a grande fábrica, no escuro medito, a população está programada, tudo é feito em série e passam a ideia errada. O sistema constrói aqui pra destruir mais alem, no meio da transformação, programam quem de novo vem. Nascem, logo se adaptam e relançam ideias, as que têm surgido são um fiasco, provocam buracos no ozono e derretem gelo no alasca. Nesta tasca, acredito em tanta treta que aqui continuarei a defender o meu planeta...

segunda-feira, 19 de março de 2007

pensativo


...não consigo, deixar de pensar em algo, que aparece de repente, num instante deixo apagá-lo, pensamentos incoerentes, não retenho o conteúdo, talvez por ficar mudo a examiná-los, apesar de tudo quanto mais penso mais me convenço, caótico irracional é o pensamento quando ainda um embrião, idealizar é um começo para tanto, da teoria à acção anos se passam entretanto, e por tanto pensar nunca houve compensação, alio-me aos que não pensam, como parco ignorante á espera que me convençam, fartei-me de ideologias, poder à base da força vejo eu todos os dias, falta-me autonomia face ao meio onde vivo, este epistema, no seio de tanto lema, sou um aliado ao sistema ou um foragido sem uma meta, no tempo que ainda me resta, penso e surge uma luz que se extingue ao tentar guarda-la, em vão tento exprimi-la, angustia entre as palavras...

sexta-feira, 16 de março de 2007

meditar na babilónia

vagueio na selva urbana como um defunto
isolado, olhando o lazer com barrunto
o meu remanso, incomodado por falsos dons
dos bons momentos paro para reflectir
descontraído, cabisbaixo, soturno por um momento
a tentar compreender o porquê de um pensamento
meditei e esclarecido uma ideia me percorreu
eu afinal, apenas peça de um puzzle
fracção de acaso que um dia nasceu
a felicidade é este céu que pisamos
e celebramos até por quem já morreu

quinta-feira, 15 de março de 2007

frustrações

a raiva surge do vazio
sinto-me frio face á dor
que me apoquenta
sofro por quem me ama
amo o que não demonstro
monstro surjo ao chegar
por me irritar com pessoas
situações conflituosas
frustrações de empatia
coisas que não tolero
por eu não ser quem quero
espero um dia ter paz
a perfeição é utopía

terça-feira, 13 de março de 2007

Choupal


a pureza do ar é divindade que se respira
nesta húmida mata em plena teofania,
espiritos da floresta que se reúnem
em pacífica contenda, sons e cores
que complementam a biodiversidade,
árvores sem idade por aqui passeiam,
aves sós e aos pares que se saceiam
entre as copas frondosas e sua musica
e exóticas plantas que deambulam,
ritmos são observados pelo Mondego,
e o Choupal vê passa-lo sereno,
com o eterno aceno cumprimenta,
alimenta a relação simbiótica
e a simpática mata vai crescendo

segunda-feira, 12 de março de 2007

astropoema


observando estrelas,
constelações lá no alto,
Ursa Menor e Draco,
Vega brilha em Lyra,
Hercules no escuro,
de Ophiuchus o duro
surge Jupiter a um canto,
observo com espanto
a Lua está a nascer,
sinto simples prazer,
Arcturus lá no alto,
salto para Leão
onde o brilho, Saturno
surge qual guardião,
e Capella em Auriga,
mais uma bela estrela,
amanhã volto a vê-la,
não desapareceu,
foi só a outro céu
e de novo em polaris,
dei a volta ao meu

NOTA:as duas primeiras fotos mostram a Lua a nascer a sudeste, um quarto minguante bonito(tiradas com o mm metodo do eclipse); a foto debaixo é o parapeito, a lua só dava pra ver mesmo num canto da janela(tive de arranjar um jeito de a ver com a Luneta);

sexta-feira, 9 de março de 2007

introspectivo

sobre este prosaico meio
nada quero dizer
em vão me guia o que anseio
e na borda do passeio medito
acredito que um dia
alegria me valha
porque a fugaz tristeza
presa ao meu passado
nela reflicto
palavras entram em conflito
libertinas ideias
que afastam a magoa
rimam frases da alma
fases como as da Lua
sob a espontânea calma
ciclo cadencioso