quarta-feira, 27 de junho de 2007

7 versos

Tão pouco fico, triste por algo inacabado
Quando um divago sem rumo, surge vão, deambulado
Um limiar de analepse paira sobre este futuro
Como um tear a estrear, tecer um padrão no escuro
Premeditado a pensar, será que a vida não muda?
Continua, como ponto de partida deste saber empírico
Experiência que defino através de um preâmbulo lírico

terça-feira, 26 de junho de 2007

rimas de Fibonacci


eu
nós
somos
o mundo
a sobreviver
num meio a tentar ser Um
Deus nos convida
na vida
ego
sou
vou
depois
tentar a
sorte que me vê
feliz entre quem me guia
quem me castiga meu ego que me reprime
tudo o que imagino
espalho aqui
sou feliz

NOTA: isto é uma experiência minha a tentar escrever um poema com base na sequência de Fibonacci; claro que não é original, o pioneiro deve ser o vocalista dos Tool, Maynard, quando escreveu aquela musica, a Lateralus, aliás, foi nessa musica que peguei para elaborar isto;-]

domingo, 24 de junho de 2007

Solstício de Caranguejo


...no promontório comemoro o solstício
para o fumício convidei a imaginação
a inspiração colou-se junto
e em conjunto partilhámos a lição
neste verão de Caranguejo
vejo palavras soltas
quando voltas, Sol que no Zénite brilhas
iluminas as ideias dispersas
a norte do equador alimentas
de entre todo o amor que inventas
tentas em mim ideologias sem temas
ensaios, dos teus raios surgem poemas...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

OM


absorto em pensamentos divago
deliciado com esta subtil permanência
dos três primeiros estados da consciência
gérmen de todos os sons que me rodeiam
espirito cósmico, infinito que todos desejam
ele é o corpo sonoro do absoluto
ao alimentar-me esperança é resoluto
é a ressonância fonte da energia que sinto
sinto-me confortavel nesta incerteza
viagem na relação mágica com a natureza
em simbiose com uma noção cíclica do tempo
confuso a racionalizar um pensamento
enquanto Om me conduz das trevas até à luz
da ignorância à verdade, da morte à imortalidade

"a verdade é unica embora os sábios a conheçam como muitas"

NOTA: inspirei-me em Mantras hindus neste poema, mas o que está entre aspas é um verso do Rig Veda, livro dos hinos e o mais antigo dos Vedas, que são dos textos religiosos mais antigos do mundo;

terça-feira, 19 de junho de 2007

dificuldades


quando mereces dificuldades que atravesses
é o que conheces a vingar-se naquilo que teces
o que caminhaste a cercar-te por onde passes
o que realizaste privar-te do que idealizaste
como supunhas não serás tudo o que sonhas
as realidades medonhas são tudo menos risonhas
e desafios que aceitaste, momentos desafiaste
e dificuldades na vida, sentidas porque lutaste

NOTA: esta foto foi tirada no parque natural da Baía de Fundy, no Canadá, pelo meu amigo Flores(flowerpower) que a visitou recentemente;

quarta-feira, 13 de junho de 2007

blog com tomates :-] é PREMIUM


O Blog com tomates, segundo acabei de me informar, é uma bonita inciativa que atribui prémios simbólicos quando considera um "blog com tomates aquele que luta pelos direitos fundamentais do ser humano". Ora, não sei ao certo se os meus poemas correspondem a essas directrizes, embora a mensagem que tento passar através deles reevindique de uma forma ou de outra a tal noção de liberdade, compreensão do que me rodeia, e até, o nicho metafórico ao qual chamamos PAZ, que tento espalhar aos 4 ventos. Agradeço este surpreendente reconhecimento à minha querida amiga Anabela que me nomeou: muito obrigado por vires aqui, dás-me imensa força para continuar as minhas "tempestades mentais", és um estimulo enorme!
E como não podia deixar de ser, faço aqui as minhas nomeações, premeditadas após reflexão, pois parte destes blogs apenas leio, sem coragem para um comentário à altura, mas adoro visitá-los:

amo-te Luso

Crazy moon language

Por favor amigos, ao lerem isto vão ao Blog com tomates comunicar o vosso prémio, e de seguida fazer as vossas 5 nomeações. Abraços;-)

terça-feira, 12 de junho de 2007

passado eterno?


escuto vozes do passado em forma de manuscritos
descritos, contos e fábulas e romances esquisitos
contam dias passados, conhecimentos latos de longe
os que preveram o futuro que no qual me encontro hoje
perdido entre gerações que geram paz neste confronto
o sinistro e o estranho surge em caminhos que me entranham
protegido pela sorte do amor dos seres que me acompanham

busco em morais do passado uma antevisão desta incerteza
mas não para atenuar a dor quando antecipo tristezas
a beleza dos sentidos é que se entregam a momentos
é por cada pormenor que deus existe nos sentimentos
releio ditos de outrora, funcionam como os de agora
e embora o homem de hoje se afirme em voga, moderno
o conhecimento tem raízes e o passado é eterno

quarta-feira, 6 de junho de 2007

canyoning no rio teixeira




...fomos descer o rio teixeira
escondido na serra da freita
foi encontrado por nós
jamais fariamos a desfeita
de não desfrutarmos o paraíso
e indecisos passámos um obstáculo
rapel de 25 metros era só o 1º nivel
são 2km de rio, 210 metros de desnivel
foram bastantes cataratas num só dia
aguas limpidas, piscinas, uma maravilha
é com orgulho que as mazelas exibo
e agradeço aos companheiros do trilho
proporcionaram uma overdose de convívio
faz-se em três horas, nós fizemos em sete
gozámos a paisagem exuberante
e para a próxima a experiência promete
embrenhados na vejetação luxuriante
espera por nós rio, que cá voltaremos
alcançar de novo o que prometemos...


NOTA: este devaneio é totalmente inspirado numa aventura em que participei com o Tiago, o Miguel e o Ricardito, no dia 3 de junho de 2007; como expliquei no poema=D, fomos fazer canyoning num desfiladeiro do rio Teixeira na serra da Freita, para quem se interessar por esta maravilhosa actividade=D, pode encontrar AQUI todas as vicissitudes deste maravilhoso spot em particular=D