terça-feira, 22 de janeiro de 2008

recessão


No mundo inteiro há recessão, já chegou ao meu mealheiro
interesseiro materialista, poupo o que gasto primeiro
o fogo que me ataca a vista queima a mana que reservo
já me gorverno com trocos, patrões a puta que os pariu
hoje trabalho pra aquecer, amanhã vou morrer de frio
tenho que pagar a vida, leis que oprimem os fracos
nasci para ser livre, mas sociedades são como barcos
se não me afogo tenho de pagar a passagem, integrar-me
tenho que prestar vassalagem ao meio que anda a enganar-me
tento ser eu e gasto, impulsos da minha vida efémera
sonhos uma quimera, a minha eterna condição sobrevive
ser humano, pensante, a divagar sem um motivo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

a ode dos inconformistas


Esta é a ode do inconformismo pessoal que quando pode dá a voz ao manisfesto. Contra o sistema, como é obvio é o culpado quando acho que não presto! Não me adapto, as regras são uma charada, um labirinto é o que capto com os meus olhos enevoados pelo consumo, o mal que ataca toda a gente, materialismo não assumo. Sinto muito, o meu desejo satisfaz-se com uma rima, xito flui uma nuvem magica de fumo, em cima dela a minha alma reanima, karma neutro, sonhador! Porque o mal é tentador, no bem não esforço por melhor, pior era agir ao contrário. Pratico a paz sem ser otário, o meu destino é solitário? Distante? Cada via do labirinto vai prá estante da memória, prateleiras de passado enquanto avanço na história! O futuro aguarda em branco enquanto abanco no presente, à espera que indecisões se afastem da minha mente. Sinto sempre que sou urbano quando me sento, mas com orgulho sou pastor em pensamentos! Guardo estrelas, recordações ao som do vento! Teço odes pra quem vive no momento, pra quem a paz é constante, porque a procura do sentimento verdadeiro é importante. Se ages como interesseiro, sou ignorante, não sou do teu interesse e doravante deixo-te agir primeiro...
... Penso por cabeça minha, sincero comigo próprio escrevendo rimas incoerentes, sinto a poesia como colóquio! Sou minoria, do partido mais seguro, habituado a crescer onde à partida não há futuro, pois se cresce até ás massas torna-se apenas mais um vicio, ilusão! Todos são originais, outros macacos de imitação. Não interrogam onde apreendem o que sabem. Até o macaco acede à imaginação, o improviso! Inspiração momentânea surpreende como aviso de que há algo mais no crânio. O erro de todos é, no fundo, querer ser sempre tão espontâneo. Não preciso, sou um ignoto de passagem, se não premedito o que digo, ainda percebes a mensagem...
... Fujo da realidade, vivo só de madrugada, odes puras de verdade escrevo, a lua é minha musa. Melancólica inspiração pra uma vida tão confusa...


NOTA: isto são apenas as partes menos aborrecidas e entediantes, de um muito mais extenso, profundo e degradante poema que escrevi em fevereiro de 2003; li o poema todo(10 minutos=D) e bateu-me como se o tivesse escrito ontem...