domingo, 21 de dezembro de 2008

tralha inutil


é curioso o pensamento
quando adquire conhecimento
verdadeiro como quem passa
de conselheiro a trapaça
ocupa o espaço da memória
com tanta, supérflua história
excesso de informação
metade dela em vão
o raciocinio é instintivo
e pensar, um diminutivo
do sentir que rege ideias



NOTA: imagem deste minguante a 18/12/2008, captada pelo metodo do costume (maquinita encostada à ocular do telescópio - motivo de chacota por parte de todos astronomos e astrofotografos =)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Toys are us, nu continente!


Bem-vindo!
Ao mundo acabado onde há ódio, tristezas, ladrões!
Imundo gado subjugado a riquezas, vícios e ostentações!
Farsa eterna, enquanto passam serões, condenados lutam por quem governa, eu galgo texto aos tropeções.
Se tento algo, fujo enquanto o mal hiberna num tear de condições.
A sociedade foi iludida por barões, não por princesas nem dragões!
Tão racional que é o gado, enquanto penso, é controlado e por leões manipulado.
Posto de lado aos tubarões sou atirado, por isso fujo alucinado, do circo, aos trambolhões, onde o povo é tratado como chatos nos colhões.
Tenho um novo psicotrópico ingerido pelo ouvido, palavrões num papel escrito, ácido antrópico, espiral de sensações, longe de putas e cabrões, pórtico de uma galáctica que foge a ilusões, uma falha no sistema, resiste a corrupções, e a brasas mal espalhadas por falsas opiniões!
Engato o feliz e puro e sem charadas vou indo, a via é um mato escuro, enquanto cego tudo é lindo, em cada atalho há um aviso, em cada rego só começando é que findo!
Vai pró caralho se queres ser chato e sê bem-vindo a este mundo encantado e enganado.
Destrezas de espertalhões e és carrapato, agarrado a empresas e organizações, pias de merda para dar aos porcos, trocos e um rebuçado, e palmadões recebes dos teus patrões, Pato!
Abre os olhos, até o xito de Marrocos devia ser legalizado, é mais natural que certos molhos.
É esquisito, tantos patos que o tomam, sabendo que ilegal é que rende o triplo do guito!
É um bonito panorama enquanto o ar vai sumindo decidido, há uma trama que do Bem um certo Mal vai descobrindo.
Falo para quem entrar não estar fodido.
Bem-vindo! Ao mundo desesperado onde há leis escritas em mesas de vilões.
E o desespero ataca o cidadão honrado enganado pelas próprias acções.
E cai na teia social, é um insecto engolido pelas aranhas que a construíram.
O afecto é virtual na nossa aldeia tão global, que conseguiram uma cadeia, elos de vício e consumo.
Para todo o mal que nos rodeia fazer girar uma ideia transparente, fútil fumo nevoeiro ou geleia.
Eu vou fugir sem parapente, vou primeiro e sem rumo, quero ser bem-vindo noutro mundo mais profundo, onde sumo-sacerdote seja a harmonia, servindo um Deus que seja a paz do dia-a-dia, felicidade, até magia, onde o silêncio seja música, onde o debate seja orgia, onde ninguém foda o próximo por ganância ou primazia.


1 de Agosto, 2002

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

recordar a memória


...livre, entregue ao momento
entende a vida, é fugaz
e trás uma reflexão
a tecer cada emoção
que o coração bate em paz
livre e tão presa a quem vive
com quem momentos partilha
memória é curta mas brilha
a sua luz ilumina
quem a recorda
...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

vácuo


...hajam poesias e prosas
desta vida, um mar de rosas
com espinhos
a nado e em botes sigam
por entre o pânico, caminho
rumo a um extenso nevoeiro
mundo, este lúgubre mosteiro

alberga crentes instaveis
que as rosas vão manipulando
e o brando mar se revolta

em vão se instalam as guerras
berras e ninguem acode
nem dão pela tua ausencia
enfrenta o vasto vazio
na sua essência...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

de passagem


vivo a passar o tempo e matá-lo com o meu viver
acabo a vida sem tempo, sem a compreender
ao esclarecer cada momento em que a percorro
equilibrar com felicidade cada tristeza que choro
morro num lento processo, por respirar
regrado por este meio, vida que me vê passar
guias me empurram em tentos e decisões
mas minhas motivações em vão se incitam
tentam algo original, de outros imitam
tantos que aqui passaram e progrediram
tudo o que de mim broto, algo efémero
como tudo o que antes viram meus olhos

FOTO: magnifico poço profundo no rio Teixeira perto do Cercal

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

7 anos


sete anos complexos
divido-os em vários anexos
de liberdade em cada ano
comprometido com quem amo
celebro tudo o que passámos
recordo o que alcançámos
o que faria sem ti ?
luto por ti até ao fim
vejo-te como minha musa
inspiras a mente confusa
que arrasta o meu corpo
sete anos que me fortalecem
enquanto versos se vestem
amo-te do meu coração
sem ti sou morte e solidão
seria a vida uma tragédia

quinta-feira, 31 de julho de 2008

grafia abstracta


olhares perdidos na bruma
no longo e fugaz horizonte
unindo a selva dispersa

difunde a calma aparente
na tela sempre diferente
a alma surge emancipada
solta a aura natural
inspiração em debandada

dá lugar à descoberta
de um futuro incerto
com tantos sonhos por perto
vida, este quadro vazio
a um passo de ser colorido
pintam em mentes ideias
teias de caos reflectidas

segunda-feira, 14 de julho de 2008

condução instintiva


cabisbaixo,vagabundo
por ambientes indiferentes
ao que se passa no mundo
o instinto escolhe soturno
entre lúgubres pensamentos
acções em vão desencandeiam
o futuro em que se incendeiam
finais felizes, distantes
passado, livros em estantes
e o que se entrega ao momento
apreende o errado e o certo
e um passo escolhe o caminho
sozinho, observa quem passe
até que ultrapasse o que enfrenta
enquanto tenta um desfecho
o instinto é um trecho do guia

terça-feira, 1 de julho de 2008

vidas celebram outras vidas


viver desvenda os segredos
ao desaparecerem os medos
em revelações retrospectivas

mentes se abrem ao mundo
sonhar , um mapa profundo
das vias desconhecidas

morrer será uma constante
entre variaveis presentes
escolher trás muitas saidas

felicidade dura uns momentos
entre as tristezas memórias
histórias de apontamentos
vidas celebram outras vidas

segunda-feira, 23 de junho de 2008

sol das 1001 poesias


solstício chega de novo, pra iluminar o verão
mas quente, penso ao serão, não me refresco
espero o nascer do dia que alimenta as marias
astro que lhes dá vida, plantas que se deleitam
espreitam pela aurora o sol que emana o sorriso
enquanto durmo um pouco, o dia está mais comprido

domingo, 22 de junho de 2008

existir


A existência dissoluta de uma mente pouco astuta anuncia decadência, de um ou outro ideal, em permuta na consciência. E um louco deambula e renuncia a persitência de uma aldeia global, que de paradigma pouco pula, a ciência é um enigma que confunde a existência. E a mente individual só é audaz se duvida, zela e paga com a vida pra provar que é capaz de vivê-la.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

pensamentos soltos


ideias guiam-te, são farois presentes,
administram o que sentes
reanimam inconscientes pensamentos,
ideais são trespassados
entre esboços, feridos quando acordam,
apontamentos corrigidos
recordam que em tempos idos nasceram,
até hoje permaneceram unidos
e aborrecidos, não nascem todos os dias,
não destinguem tristezas das alegrias
penso, em nada me instalo, psitacismo mental
tanto ideal categórico, estóico escrevo e rimo
impaciente ao infinito, ritmo entra em atrito
monologo em calma aparente, a pensar como quem sente
o ego fala a seu gosto, eco da religião sem crente


FOTO: serra da lousã perto do burgo ao nascer do dia

quarta-feira, 14 de maio de 2008

paz utópica

pus tanto daquilo que sou no que já fiz
réu, advogado e juiz, no tribunal desta vida
sobrevivo por um triz à ditadura de mim
escolho o que nunca é bem assim e em vão fujo
encurralado em entretantos, divago, sujo o meu sonho
esclarecer o passado, com o que proponho é irrelevante
alicerces que construo, frágeis, caem num instante
distantes metas alcancei por etapas, outras virão
sou contra guerras, ao serão, sentado, parto um canhão
é o meu protesto, desabafo e o resto, talvez dê pra mais um bafo

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Escalada trip@Redinha


Não é muito habitual postar coisas destas aqui, mas desta vez não resisti portanto isto é um video sobre a actividade de escalada recriativa=D realizada por mim e pelos meus amigos(o video tem créditos=)em vale de poios e na nossa senhora da Estrela perto da Redinha, a 16 de março! Caminhámos toda a manhã desde poios até à senhora da estrela(o k ainda é um esticão brutal a galagar mato) mas a malta estava bem armada para a luta, munida de canhões:D e granadas de mão(sagres=)! A trepada propriamente dita decorreu numa unica via, a "não nomeada"IV+ no sector Fendilhona(e era a mais facil de todos os sectores:), trepámos todos com Top( metade da malta nunca tinha escalado na vida)e correu tudo fabuloso(tirando um empurrãozito ou outro=)! Foi um dia brutal...
P.S. a musica do video(não aparece nos creditos pk m falhou a memória) é dos CALLENISH CIRCLE(holandeses com ganda malha fixe) com a " no reason"
! E ficam desde já avisados que o cromo que realizou isto deve ser é um grande ceguinho

segunda-feira, 7 de abril de 2008

guerras


penso em erros de combatentes
de regras que são deprimentes
e as guerras que dão em massacres
desculpas para os melhores saques
países inteiros manipulados
civis sem voto e mal tratados
sem razão condenados, mais um cabrao
daqueles que escorraçam talibans
pró Afeganistão continuar a dealar pó
e o Iraque, o reino das 1001 noites
agora pânico e morte assolam crentes
entre açoites de ditador e capitalista
em prol do ópio e do petroleo
por poder se gera qualquer conquista


´Foto:americanos nos arredores de Bagdad, sacada do google;

quarta-feira, 26 de março de 2008

momento eso-apocalíptico


...prevejo o fim do ser Humano, Escatologia colectiva
com todos os stresses do clima e o aumento do iva
a progressiva mudança e o desequilibrio na balança
a Era do Homem finaliza por violarem os Hieras
ao profanarem o sagrado que conserva a Natureza
este incauto atmosferico acaba com o plano etérico
há um acordo numérico entre os que nos governam
nada conservam em prol das gerações que aí vêm
consomem tudo o que têm pelo conforto terreno
covardes com medo da morte, na vida é o que acontece mais
ideais mudaram muito mas metodos são sempre os mesmos
instinto de sobrevivência da fonte dos padrões eternos
unir o espirito e a matéria e atingir o macrocosmos...

sexta-feira, 21 de março de 2008

ainda há primavera


mais um dia mundial da floresta
a que resta, face ao mal que se manifesta
neste mundo acolhedor, já foi melhor a primavera
sem poluição humana a invadir desta maneira
angustiado, sigo aromas, a panaceia das flores
esqueço as dores que sinto, pelas cores envolvido
durmo sob o céu estrelado, contemplo imaginativo
a maravilhosa mata, eu apenas um ser vivo
tal como as aves que cantam, harmonias que me encantam
esqueço até que sou humano, por vergonha do que fazemos
destruímos a natureza, sem ela não sobrevivemos

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

HOMEM versos MUNDO


(7virus)
Há um revés de gerações que pulsam vida e se sucedem, um efeito borboleta em todo o mal que antecedem. Água, fogo, terra e ar, sofrem com um elemento, o Homem, o seu mal continuo provocado num momento, fez da escolha natural um acesso premeditado, o que transforma, o que constrói é destruido noutro lado. O confronto é inevitável entre o meio e o poder que se alimenta do medo que faz transparecer iludindo a ignorância...
(Fiffas)
...com a inconsciência à sua semelhança através da acção tansa. Poluição é mais que uma ameaça, é uma causa para a degradação do planeta. Avançam intempéries por falta de mentalidade, a capacidade de raciocínio escasseia nos tempos modernos. É tudo tecnologia, evolução e a cada dia que passa a incompreensão ganha terreno. Erros e mais erros, poucos tentam evitá-los, os lapeiros comodistas irão ficar engasgados pela merda que favorecem. Não compreendo, mantenho-me a par, recuso-me a aceitar certas cenas que acontecem, prevalecem e se mantêm malificiosas, para as propostas que natureza nos pôs. Humanidade bateu na porta errada, naufragou na via a que se propôs. Valores sofreram uma reviravolta e nas sociedades o pânico se instalou. Há falta de gentileza para quem nos criou, criou-se um clima podre na civilização, existem confrontos desnecessários que originaram esta minha visão. A fé ou esperança que guardo, não é mais que um vazio concentrado de estupidez humana que interfere na minha compreensão...
(7virus)
...se o Amor tem mais poder que a violência há um paradoxo que me testa a paciência, a minha experiência diz-me para adorar a Terra, a mesma corrompida pela ganância da guerra. Opressão e monopólio são os novos ditadores, os mesmos que alugam o espólio, prometem vidas melhores esgotam recursos inuteis incutem os seus valores como a nova religião, materialismo, a doutrina consumista que nos empurra do abismo! Condenados a uma vida futil presos a um meio social que nos leva a um futuro sem um dogma ou ideal, satisfatório! De geração em geração vai-se arrastando o promontório que noutro sitio se acumula, a base da nossa vida não se regula, sofre em permuta constante. De nada vale a sapiência quando o rei é ignorante. Nada garante o que reserva o futuro, segue por vias transcendentes, reflexo dos erros do passado predicando tudo o que sentes.



O bem, o mal, as duas faces de uma moeda, o próprio Homem
o produto da evolução das energias que consomem
qualquer acção e reacções ricas em efeitos secundários
espelhos da civilização inibem os sonhos primários


(Fiffas)
Todo um ciclo de vida é afectado por um ser inoportuno(ai é agora após o sono?!)
o ser mais complexo transformou o rumo vitalício
por mais artificios que se criem, já não nos tiram do lodo!



Sinto o que sinto do que se sente, sinto-me deprimente, invadido por pensamentos negativos acerca do Homem inconsciente. Tou ciente do que digo pelo que observo, observo distúrbios no fenómeno que é a mente e é por essa observação que opto por caminhos diferentes. A infecção propagou-se sem barreiras, nem exitação, o caos citadino expandiu-se, atingiu o meio rural contribuiu para a sua degradação. Civilização vive lado a lado com a corrupção, têm a febre do dinheiro, pseudovalores em ebulição. Rotinas cansativas, monotonias aflitivas, muitas vidas em questão. Pessoas perdidas sem orientação, são iludidas nesta evolução regressiva. Sendo objectivo, ideias analíticas formam críticas construtivas mas não passa de uma opinião! O mal é continuo mas qual a razão? Metam o pé no travão. Se o mundo não em salvação que se salve quem tem o senso mais à mão...
(7virus)
...o credo na religião não nos salva do purgatório, o nosso próprio asilo, provoca um peso notório, na consciência! A experiência de uma vida, que hábil, solta a inocência, enfrenta o vasto vazio, na sua essência. Um mundo sem opressão, só altruísmo, acumulado em vão, sentado à beira do abismo. Enquanto escolhas se apagam uma chama permanece a iluminar cada alma, que sonha e o seu destino tece, numa ventura, com a fé de que emoções surgem de energia pura! Boa ou má há em cada um, canalizá-la é uma amargura, saber qual influencia mais a qualquer momento, cada acção é um espelho que reflecte o pensamento. Mas há acções positivas que despoletam negativas, tornando todo um meio, eterno ciclo vicioso, enquanto morre um anjo nasce um demónio ansioso, lutamos sem argumentos, só quando o mundo se perde, unimos os nossos sentimentos! Protecção, competição, são inatas em qualquer espécie, é o coração a pulsar vida que todo ser agradece. O Deus, vida alma global que surge em toda a natureza, relações fisico-quimicas que alimentam a mesa em simbiose de Amor. Gerando todo um Universo, o Deus maior!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

poema de merda 31 (27 abril 2002)

...impulsivo, criativo explosivo, repetitivo, pensativo, corrosivo, rotativo, imperativo, hirto, vivo. Texto louco, abrasivo, apreciativo. Adjectivo, substantivo, permaneço admirativo, não me esquivo. Incisivo como um nativo que vai filtrando no seu crivo a fuga ao triste, ao lascivo, maligno e destrutivo. Se não sou digno, não sobrevivo. Tenho um trabalho exaustivo, usar a mente é um bem nocivo, estou fodido, é um aviso! É decisivo encontrar no evasivo o tal amigo que preciso. Esse prazer do psitacismo descritivo, aditivo ao improviso. Esse sorriso apelativo, convidativo. Brinca comigo e com o ego interrogativo e a rima solta mais um ivo...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

desrótulos


...sigo neste mundo,incarimbado, sem estatuto
digo que sobrevivo, apenas quando sou astuto
quando ligo ao momento, à inconstância
escritos causam conflitos, atritos com a consciência
eu, cidadão sem proteção, roubado, e de calças na mão
em vão protesto, num desarrufo com o texto
é um pretexto, assim exprimo inconformismo
à beira deste abismo, dou um passo em frente
Vida, causa e efeitos, defeitos, metas aparentes
regras serão meros guias, desfechos há quantos tente
...



NOTA: imagem captada pelo o metodo do costume, no ultimo quarto minguante

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

recessão


No mundo inteiro há recessão, já chegou ao meu mealheiro
interesseiro materialista, poupo o que gasto primeiro
o fogo que me ataca a vista queima a mana que reservo
já me gorverno com trocos, patrões a puta que os pariu
hoje trabalho pra aquecer, amanhã vou morrer de frio
tenho que pagar a vida, leis que oprimem os fracos
nasci para ser livre, mas sociedades são como barcos
se não me afogo tenho de pagar a passagem, integrar-me
tenho que prestar vassalagem ao meio que anda a enganar-me
tento ser eu e gasto, impulsos da minha vida efémera
sonhos uma quimera, a minha eterna condição sobrevive
ser humano, pensante, a divagar sem um motivo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

a ode dos inconformistas


Esta é a ode do inconformismo pessoal que quando pode dá a voz ao manisfesto. Contra o sistema, como é obvio é o culpado quando acho que não presto! Não me adapto, as regras são uma charada, um labirinto é o que capto com os meus olhos enevoados pelo consumo, o mal que ataca toda a gente, materialismo não assumo. Sinto muito, o meu desejo satisfaz-se com uma rima, xito flui uma nuvem magica de fumo, em cima dela a minha alma reanima, karma neutro, sonhador! Porque o mal é tentador, no bem não esforço por melhor, pior era agir ao contrário. Pratico a paz sem ser otário, o meu destino é solitário? Distante? Cada via do labirinto vai prá estante da memória, prateleiras de passado enquanto avanço na história! O futuro aguarda em branco enquanto abanco no presente, à espera que indecisões se afastem da minha mente. Sinto sempre que sou urbano quando me sento, mas com orgulho sou pastor em pensamentos! Guardo estrelas, recordações ao som do vento! Teço odes pra quem vive no momento, pra quem a paz é constante, porque a procura do sentimento verdadeiro é importante. Se ages como interesseiro, sou ignorante, não sou do teu interesse e doravante deixo-te agir primeiro...
... Penso por cabeça minha, sincero comigo próprio escrevendo rimas incoerentes, sinto a poesia como colóquio! Sou minoria, do partido mais seguro, habituado a crescer onde à partida não há futuro, pois se cresce até ás massas torna-se apenas mais um vicio, ilusão! Todos são originais, outros macacos de imitação. Não interrogam onde apreendem o que sabem. Até o macaco acede à imaginação, o improviso! Inspiração momentânea surpreende como aviso de que há algo mais no crânio. O erro de todos é, no fundo, querer ser sempre tão espontâneo. Não preciso, sou um ignoto de passagem, se não premedito o que digo, ainda percebes a mensagem...
... Fujo da realidade, vivo só de madrugada, odes puras de verdade escrevo, a lua é minha musa. Melancólica inspiração pra uma vida tão confusa...


NOTA: isto são apenas as partes menos aborrecidas e entediantes, de um muito mais extenso, profundo e degradante poema que escrevi em fevereiro de 2003; li o poema todo(10 minutos=D) e bateu-me como se o tivesse escrito ontem...