domingo, 24 de março de 2013

2013 floresta mundial


...a primavera chegou e o clima que se anunciou foi uma chuva contínua que lavou qualquer ser vivo, enquanto o espírito carecia de uma overdose de convívio, no dia mundial da poesia. Com enchidos para a mesa, os amantes da natureza trouxeram vinha dos poetas, na floresta dos profetas celebraram harmonia e partilharam o dom de artista de uma ressonância rítmica a celebrar mais uma experiência mística...

domingo, 27 de novembro de 2011

Poema de merda 2011


...mais um ano de loucuras, conjecturas sobre os novos mandamentos que a crise ditou. O deslize de orçamentos provocou mais ditaduras, pois quem resolve os problemas também foi quem nos roubou. Identidade, confiança, inteligência, valores que foram roubados e dos despojos reciclados cresce a essência do medo. O segredo da coragem, que é uma capa da angustia, serve de força motriz, debita astucia que nos guia na viagem. Por um triz escapamos, mas na vida há a certeza que num final desabamos. Procurando no amor tudo o que bem realizamos, é tornar num paraíso o caminho que pisamos, partilhar com quem amamos tudo o que de bom criamos...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

a deambular por aki


...desapareci daki há muito, entre tumultos de palavras soltas, presas ás voltas na mente, explodem num eco decadente e devolvem um impulso diferente, breves apontamentos de psitacismo idiota num flow que andou a armar-se em poliglota. Um sismo de encantamentos abala o consciente hipnótico, segue um ritmo ordenado em tom caótico, sacode sonhos e avisos, lágrimas, vilões sorrisos! Tremeu tudo por dentro, nesse baile me concentro, danço entre vocábulos e as estrelas mais belas, espalho o som de um concerto silencioso, num discurso preguiçoso que demorou a aparecer só pra dizer que faz o que lhe apetecer, o que é exposto não leva a nada, o busílis da caminhada é cada passo do caminho, pois no final já não há meta, apenas um novo começo de adaptação ao progresso. Não deixo Deambulos morrerem mas tou sem tempo para  tempestades mentais, quando surgem essas vontades, retraio o impulso de aki vir justificar o meu acto de pensar, é um desacato, ego otário enganado pelo parco dicionário, só vim aki dizer a mim que volto cá quando puder, para relaxar...     

domingo, 18 de julho de 2010

sinergia tropical

cinco estrelas em crescendo constante contemplaram o Sol brilhar a montante. Entre os ecos surgem musicas em tópicos, caranguejos, capricórnios, apenas tocam os dos trópicos na solene balada que em perene madrugada se recusa a crescer...

domingo, 20 de junho de 2010

dedicatória singela


como um clone de palavras, aproveitador de ritmos, do passado bebo um trago, Camões, Pessoa, Saramago, dos seus feitos, um divago aqui teço enquanto aqueço a inspiração e a ordeno em pautas, "Nesta frescura tal desembarcavam já das naus os segundos argonautas...", encaixo mais umas notas e um outro plágio está à espreita, "Não fui alguém. Minha alma estava estreita... ", de ideias sigo isento, hoje, poeta não sou nenhum. "Eu posso ver as pessoas por dentro, mas só o faço quando estou em jejum..."

Nota: divago forçado para dedicar a estes mestres das palavras, sobretudo ao ultimo, que como os outros dois, merecerá ser imortalizado pelas suas próprias palavras!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ao som etéreo!


há coisas que não apagas
ficam marcadas no corpo
como chagas num morto
que perdeu o seu combate
de emoções, formas de arte
algo que possa ensinar-te

ritmo que eleve o espírito
revela a essência de alguém
é certo que bocas de pobre
não enriquecem ninguém
mas também geram inventos
puderam tentos ser feitos
da ignorância aos conceitos
ideais seguem isentos
mas sem lugar ideal

e como tal aki habito
em, e meio superficial
no limiar do que acredito
já nada trago comigo
alem de um imaginário
cubículo infinito
que ignóbil desperdiço
quando a luz não ilumina
este submisso destino

como espírito eterno
num invólucro efémero
sigo a compasso ritmado
e a dançar ao som etéreo

Foto: no poço azul em 2007

quinta-feira, 22 de abril de 2010

restos de tudo o que confio


de tudo o resto, há coisas que eu detesto
que constantemente me avaliem
falsamente me aliviem
do meu desassossego
sinto-me como um cego
mas nada nego do que sinto
aceito tudo o que bombeie o coração
tão despreocupado na inconstância
o sucesso inveja a minha auto-confiança

domingo, 21 de março de 2010

Equinócio da Esperança


Uma vez mais rumámos à floresta mágica
nova página entre os demais instrumentos,
emoções, sentimentos, surgem da ressonância
improvisos da essência que indivíduos emanam
inconstância em cada mano leva à transcendência
vibrações ressoam soltas até ser de madrugada
a mata vai-se envolvendo, dança ao ser despertada
novamente abençoada pela ascensão rítmica
nova trupe em similar experiência mística.

sábado, 20 de março de 2010

take off


...um divago, puxa a falta de um trago, de toda a sapiência alheia que vagueia, como ditado disperso por todo um universo, esta aldeia global com paradoxos, um quintal cheio de frutos alguns pouco ortodoxos, a procurar satisfação em encontros inevitáveis, esquecer celtas tradições de que o ser perfeito é inigualável, Deus é também um Demónio, ódio depois do amor que seres humanos oferecem à humanidade, a humildade esquecida pela intolerância à vida que progride inata a qualquer espécie de conceito que rebata objecções em meio inóspito...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Amor: tão complexo como outrora!

Isto é complexo! Emoções a versar ideias sem nexo e em turbilhões, são o acesso a sentimentos sem orgulho que no entulho de passado buscam réstia da visão que outrora tinha, antes de menosprezar tudo o que como missão vinha. Me entretinha a satisfação altruísta ao ver outros conseguir, enquanto eu sem pistas, não sei o que fazer a seguir, ao perseguir as ambições que almejo, tudo o que vejo não desejo que me trave os passos, mas são compassos de marasmo da minha própria miasma, o sarcasmo que me protege do ego que se pasma. Reúno forças pra me libertar de mim, quando quem amo sinto a fugir e morro de medo do fim. Choro a pensar, tento improvar tudo o que sou, não executo! Escuto tudo à minha volta sobretudo os avisos. Serenamente se esgota o amor, porque no fim são só sorrisos de pena. Não me conformo com esta ideia e conjecturas em cadeia estão de volta à minha mente. No presente penso no que fiz atrás, continuo apaixonado, mas não garantes que estás, prometo hoje que estarás no futuro, quando derrotar o muro que me prende a ambição que outrora tinha. A visão que ilumina este momento é tão forte que tenho de proteger os olhos de todos os sonhos verdadeiros que irei realizar em breve. Sinto a morte mais perto, sigo a sorte que se atreve a vir primeiro e juro-te solenemente que já tenho um mealheiro, vou amealhar angustia pra poupar a que sinto neste momento. Guardarei para mais tarde se for eu sem ti entre os demais, não me imagino nesse mundo. O que sinto é tão profundo que a raiz deste problema é um emblema que supera o meu dilema. Juro aki a mim mesmo, que um sismo percorreu o meu corpo, foi um abalo supremo, agora sopro para que esperes mais um pouco minha amante, sairei do meu sufoco num instante e doravante tomarei iniciativa, não como prometi outrora, porque só agora percebo quão incisiva será a consequência da minha inércia. Dada a circunstância, lutarei mais que nunca por este amor, porque sei que é um corredor cheio de portas e que distancias perdem a chave das mais honestas respostas. Alimento este amor há muito tempo e a tempo inteiro, continuo a sentir cada dia como primeiro...

NOTA: brainstorm integralmente dedicado ao "the lovely couple" e ao insustentável amor visceral que as pessoas sentem por outras, e que depois surge uma inquietude desmedida por saberem que não estão a corresponder às expectativas... sorry:(i´ll improve)!!

(E atenção que eu tive neste brainstorming até agora que são quatro da matina, a hora que o blogger registou foi quando começou)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

sinto-me


sinto-me triste deprimido vagabundo
sinto-me num submundo irreal, sinto-me mal
sinto menosprezo por tudo o que não prezo
sinto-me preso a esta vida como o comum mortal
situações me encruzilham em mim
sinto-me assim, um brilho ténue, fogo em busca de alimento
neste momento tento sentir em sons, calor humano
espalho em tons tudo o que emano, sento-me e relaxo

Foto: Rakel em Marvão

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

lusco fusco


...chegou a estrela da manhã
lenta se ergue da sombra
na sonolenta penumbra
que se aconchega
ante a luz que se aproxima
ilumina, faz jus ao nascimento
da noite até ao dia
apenas passou um momento...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

aki se deambula


Sei que vim aki falar de mim, eventualmente tem este fim tudo o que escrevo... retrocedo a uma perene saudade, da tempestade mental que me assalta! Num vendaval de pensamentos controversos saltam-me frases da tola, como lebres de uma cartola mágica, fabricada pela trágica inspiração desta Vida a propagar-se, existe até à extinção, neste Universo, em que converso com cada verso que aki trago, sento-me e bebo um trago da sabedoria alheia, qualquer ideia plausível, é mais um nível, um patamar da extensa aldeia global, de pensamentos. Do meu esgoto lírico emano parcos argumentos, como já tinha dito, por cada silaba que colo, cintila um brilho nos meus olhos de todos os sonhos que vislumbro quando acordo. Durmo um pouco aki , não espero a morte, terei sorte de encontrá-la no caminho, sozinho e acompanhado por tantos perco-me em entre tantos, lugares sombrios da memória que fazem avançar a história, lugares vazios reservados à escapatória deste labirinto efémero. Tudo o que sinto, um eterno ciclo vicioso, um preguiçoso a arrancar rimas como um tolo, ambicioso por um final feliz, de novo escapa por um triz, não há um porto seguro neste futuro incerto. Sinto que perto existem forças ocultas, fases como as da lua que provocam as marés e através de inúmeros astros iluminam-se fotões, tudo isto influencia as minhas observações. Conclusões nem levo a sério, não compreendo o segredo que encerra este mistério...

domingo, 29 de novembro de 2009

contos


...conto com o que me contam
como contam com o que conto
mas quem conta um conto
acrescenta um ponto
retira uns poucos
e repõe com ilusões
contos de reis
ambíguos corações
sentem inspirações
mas não sou eu que os inspiro
tudo o que expiro
asfixia os seus desejos
vejo-os como quimeras
meras luzes primitivas
fracas imaginativas
caem como pernas fracas
nunca servirão de pontes
pra acreditar n'algo contes...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

claro como breu


...No cerrado negrume,
o frio que corta como um gume,
aponta ao vasto silêncio que ao horizonte se estende.
Distante, ao fundo, há um monte,
e nele uma luz serena, sinto,
entendo que me acena,
nela foco o pensamento, é um templo!
Relaxo enquanto contemplo,
o brilho ao longo do firmamento,
tudo o que um olhar alcança,
clareza na escuridão,
como uma dança antagónica que emparelha a perfeição...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

sorte de conhecimento


...Permito que a sorte passe a meu lado, demasiado preocupado a reclamar que não a mereço. No fútil teço um padrão de desejos com os despojos de ideias guardadas, das expectativas goradas pelas acções. De ilusões vive em segredo a alegria, com a esperança de um dia, fazer desaparecer o medo, que incita a Vida! É medida em valores quantitativos, mas qualidades da memória é que garantem a seres vivos não ser esquecidos quando padecem. Permanecem em nós conhecimentos, sentimentos que o tempo acumulou em epístolas e partilhou entre os entes que as compreendem...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

in and out


um sorriso gigante, desceu do céu
caiu no meu imaginário paraíso
um improviso num semblante
garantia de um instinto primitivo

ser vivo, consciente
que vagueia no presente
atento ao fogo que se ateia
na inspiração que ressente
a falta de qualquer ideia

pensamento preguiçoso
não pretende ser banal
mas há um "cariz tendencioso
no julgamento imparcial"


Nota: o que está entre aspas é de uma musica dos TERRAKOTA

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

vida a prazo


sorte, mero eufemismo do acaso
morte, um prazo incerto
fim, na meta em concreto
o norte perto do abismo
que o destino acarreta
quando acerta na via
guia até um futuro
o passado, um sussurro
o presente manisfesta
resta à sorte, o acaso
reter fracções de vida
antes que finde o prazo

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

abraço espontâneo


como daria
tudo, se um dia
recebo esse abraço
que acabo de pedir
se existir, tua vontade
ao ter saudade de mim
este carente apaixonado
amante de ser tocado
abraça-me eternamente
como quem sente o embalo
espontâneamente é o amor
um abraço a celebrá-lo

sexta-feira, 31 de julho de 2009

ligações fortes


nem de perto nem de longe cheguei ao meu destino
tantas pedras no caminho são fumadas em vão
nunca perderei o tino, agarrado ao coração
enganado pelo que amo, tenho em consideração
sou um recurso insuficiente, vivo em vão
sinto que te perdi quando não te sinto
se é sentido o que penso, já morri
desapareci do meio, isolei-me numa gruta
ligações sentimentais, sinto em disputa
cristais são o que encontrei, ou ilusões
confortos superficiais como emoções
momentaneos gestos despoletam sensações
de que um apocalipse chegará
não sei de onde vim onde estou, mas vou pra lá
procurar satisfação naquela paz
onde não há falsidade, só altruísmo
onde a felicidade actua a um passo do abismo
onde vivem todas as ligações fortes
onde amor encontrarás porque te esforçes
entre mortes sentimentos sobrevivem
à espera que seres da alma os reanimem

quinta-feira, 16 de julho de 2009

neste local


Não há um local ideal e como tal assim habito
meio superficial no limiar do que acredito
nada trago comigo, alem de um imaginário
o infinito cubículo que em cenário desperdiço
num destino precário, submisso que se ilumina
busca o prazer que ofusca, a luz ao fundo do túnel
alma apraz a quem surge, neste local o tempo urge

terça-feira, 23 de junho de 2009

novo ciclo


ando um pouco parado, não me ilumino
espero um dia alcançá-lo, esse clarão
o ascético brilho que me guia
neste trilho de escuridão
vejo chegar o sol que tanto desejo
renovado solsticio de caranguejo
fico um pouco aki, vou celebrá-lo
provar de si um bocado
sentir a luz que me comtempla
com paz imaginativa
que eu reflicto

quinta-feira, 21 de maio de 2009

"Faça-se Luz!"


"Faça-se luz!" do Big Bang surgiram leis que nos protegem
a intenção é a mão de Deus, coincidências se seguem
a conveniência perfeita que sincroniza o Universo
conspirou-se para a Vida desde o inicio dos tempos
em tão disperso ambiente, Vida criou a inteligência
uma parte do projecto, seremos nós, a sua essência
para chegar a Deus, eternizar a permanência
criou-nos para o criar a Ele, criar-nos-há novamente
se o Mundo for então finito, repete-se infinitamente

"... Foi ao som penetrante do mantra fundador que se lembrou do permanente bailado de nascimento e morte, de criação e destruição, a divina coreografia incorporada na eterna dança de Shiva; e foi ainda com aquela sílaba sagrada a ecoar-lhe na mente que compreendeu o segredo da criação, o enigma por detrás do Alfa e para além do Ómega, a equação que faz do universo o universo, o misterioso desígnio de Deus, o surpreendente objectivo da vida, o software inscrito no hardware do cosmos. ..."  José Rodrigues dos Santos "A fórmula de Deus"

NOTA: é óbvio que li o livro, bateu-me bué e lembrei-me de mandar um bitaite aki;

sábado, 16 de maio de 2009

de todo o lado


de todo lado vem um pretexto,
esmolas dão a um vagabundo
a um componente com defeito
neste perfeito mundo
um ser humano
salvo no quotidiano
e levado a recolher informações, 
lições preparam a mente
do ignorante a evoluir,
absorve na sua calma
luzes só brilham na alma,
quando na escuridão sossega
sente o peso da cruz,
não é um profeta que a carrega
é quem sonega a emoção,
ao absorver o que observa

num reflexo do que sinto por dentro
exteriorizo um apontamento,
contudo não me concentro 
supérfluo a tentar ser profundo
e há tanto a dizer deste mundo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dia da Terra



mais um dia na Terra, enquanto a guerra trás paz
alguma, em suma acontecimentos levam a rebelias
mesmo em errados caminhos, que percorremos
a decisões, revoluções, sobrevivemos
recursos chegam, ardis com ar amavel
ignoram o desenvolvimento sustentavel
minorias protestam pela natureza
absolutamente é nossa mãe
vivemos do que contem
nada detem tamanho reconhecimento
cuidemos dela, em nossa efémera existência
a ciência moderna propõe guardar o que temos
se mais destes dias houverem, agradecemos

(áquele cota, o Gaylord Nelson)



terça-feira, 21 de abril de 2009

friendship in your face


Se não converso é a solidão que contemplo
onde imagino os meus amigos
na ilusão de um pensamento disperso
recebo abraços e contemplo sorrisos
recolho vários, de palavras, um verso
sonhos, divagos imprecisos
baseados em estados emotivos
teço algo efémero, um apontamento
sentimento que recordo e não só
abraço todos os que eu gosto
talvez por me sentir só
querer olhar alguém no rosto


FOTO: Carapeto em S.U.N. Project, Grou 2009

sábado, 21 de março de 2009

Homem

(Ed)
Abre a porta, abandona o anonimato. Homem sai á rua sereno, livre e pacato. É tempo de angústia, medo, luxúria, a morte dissimula a paranóia e a dúvida. O Homem desconhece tudo o que deve saber, perdendo-se na agonia de sobreviver. E de corpo dilacerado solta um olhar amargo, quando vislumbra o seu próprio ser. Anjo que partiste, anjo, nunca mais voltaste, em certa hora sorriste, não pensaste. Porque que é que os homens guardam na memória sombras do passado se o passado ilumina as sombras do futuro? Enfim, geminaste na luz, evaporaste na imensidão do escuro.
(Fiffas)
Trocaste o puro pelo sujo, instalaste um mundo imundo. Inversão de marcha é uma regra em desuso, o Homem continua a caminhar para um buraco profundo. Não é novidade! Já lá vão alguns anos em que a humanidade tropeça pelo percurso, nas suas próprias decisões. Um esforço é inútil quando poucos contribuem, já não existem boas provisões! A luta é por cabeça. Como na evolução catástrofes humanas são lentas e graduais, não há estagnação, apenas erros cerebrais!
(ivirus)
Homens, ideais, animais com inteligência, a ignorância não ficou pelo caminho. Há irracionais com mais juízo do que é dito neste improviso, entre ignorantes, inteligentes fodem-nos com um sorriso. De sobreaviso chamo em vão pelo meu anjo da guarda, do modo que está o planeta, já não protege retaguardas. O mundo conta com todos, não contes com todos no mundo, no meio de tanto interesseiro nem todos querem amigos, querem chegar primeiro, a poucos prestam auxílio quando realmente é preciso.

Sem tempo!


Como escravos do tempo seguimos a própria vontade com os conselhos do mundo, idade que adquirimos, um conhecimento profundo do corpo em que existimos. Tentamos lúcidos viver neste tão ébrio meio que nos faz perecer com as nossas próprias ideias. Em cadeias unimos os elos da nossa sapiência, ideais fragmentados onde partilhamos ignorância! Bem e mal, subjectivos face ao dom do acaso, pequenas fracções de vida, nascemos já com um prazo, limitados por tempo, emoção sentimentos que quebram monotonia que na vida se instala, tantas civilizações e sempre a mesma cabala. Árvore da vida sentida leva a alma ao paraíso corrompida num meio entregue ao fútil mundano. Um improviso das escolhas que nunca forçaram o destino seguem a via prevista pelo que caminhámos. E cá estamos, partilhando momentos que acumulam memórias escapando a um mal, anjo, neutro, demónio, fases da nossa história, ultrapassam razões, é o coração que nos guia. É no simples instinto que encontramos a nossa essência, a magia da alma é geometria fractálica, encadeia com calma infinitas ideias numa visão caleidoscópica. Não transformem em lei o que será sempre inato, sobreviver num sistema onde nada é à pato. Tudo tem preço neste reino sem apreço pela rainha natureza, energia vital nunca é salvaguardada, transformada em riqueza, a Vida foi condenada pelo poder que nos manipula, para o qual esta poesia é absurda! Vão pró caralho, selvagens materialistas, consumistas ao máximo, lutam por vis conquistas. Ser o soberano mais fútil, mais dinheiro num bolso do que num continente, escravos, não temos tempo e sou mais um sobrevivente sem uma meta. Espero uma mudança enquanto a poluição me afecta, tenho tantas esperanças no pouco tempo que resta! sou ignorante a experimentar, na sorte deambulatória, absorvendo desejos, sofrimentos, conquistas teço, agasalho-me numa história...

fodido


Fico fodido com o futuro que tenho construído
sem saber a razão nem encontrar a solução
sou só mais um cabrão no meio da população de filhos da puta.
Abrem a mão do desgosto perdem tempo com disputas
pernas curtas são mentiras que iludem pensamentos
do meu esgoto lírico emano parcos argumentos
filosofias baratas escondem a minha vergonha
pela sociedade! Força-me a ser o que alguém sonha
A minha ronha devaneios frustrações
meios defesas primárias motivadas pelo medo
que haja algum segredo por trás do que faz mover
Guerra paz inconsciência
morrer desaparecer apodrecer enquanto vivos
a procurar divertimentos pelos mais baixos motivos.
Crivos deixam passar o grão que é miúdo
atirado para um mundo competitivo e graúdo.
Ver sentir e falar mudo
são armas que explodirão revelarão um futuro
sempre sem contar com sorte
a disparar tiros no escuro
acertar na salvação a dar o duro!
A vida só para morrer é ignorância
endrominar para esquecer
mais que egoísmo é ganância.
É surreal o elitismo que suscita inveja
pois dependemos dos outros
seja quando pelo que seja
até surgir um momento de total isolamento
não passamos de um fracasso
sem ter com quem desabafar não sei! Que faço?

Bebo o vinho e parto a puta da cabaça
se já matei a traça afoguei mais uma mágoa.
Uma senda do destino tão inata como a água.

Realidade é uma merda


Pequenos delitos catapultam catástrofes,
promovidas por erros crassos do quotidiano.
Lei da sobrevivência,
morre mais um bacano!
e quem mata renasce, estranho o prazer humano!
A realidade é caprichosa.
Efeitos, reacções em cadeia, armadilha engenhosa.
Uma quimera em alguns aspectos! Dá vida.
Alimenta-nos sonhos, dormimos acordados,
contam-nos por cabeça, sem contar com os restos
que metem ao bolso! Solto um deambulo:
é tudo tão sinistro, tão estranho!
Perdido no labirinto onde me entranho divago.
Espero sobreviver a este mundo ameaçado...

Ruptura opcional

(FIFFAS)
Numa fuga à monotonia da vida humana que se instalou, direcciono- me para espaços sinfónicos que a droga acentuou. O passado é uma prova, o presente uma jarda, continuando assim não sei o que me espera!Divago desço a escada, passo dias no sótão mas hoje tive que dar o baza! O dominó está viciado, os pensamentos não me levam a nenhum lado! Movo- me ao acaso sem trajecto delineado. Casa a casa percorro o tabuleiro, o corpo pode estar presente mas o espírito não tem paradeiro. Limito- me a fluir pelo impulso sensorial, o meu preceito é feito de sensações, emoções, pensamentos com senso e respectivas acções. Sou livre como o ar pela sensibilidade do meu ser, não avisto nenhum percurso porque só o próximo passo é que faz acontecer! Vem a metafísica, a metafísica contemplo. Assim, é o poder animista que vou desenvolvendo, surrealista talvez, mas é com esta imaginação existencialista que vou aprendendo novas formas de conhecimento. Metaforicamente falando!Entram sons pelos olhos, visões pelos ouvidos e tudo pela complementaridade dos sentidos. Imaginações no pensamento com o concreto no abstracto sempre tendo em conta os princípios de cada tempo. A natureza está sempre em movimento, evolução constante. Observo o oposto na monotonia desta gente! Sente- se intrigada mas nunca faz nada, preferem estar cómodos na merda do que fazerem sacrifícios para benefício próprio. A vida é uma oferta! Sinceramente, continuando assim não sei o que nos espera!

Homem VS Terra, o combate que acelera a destruição do planeta.
Mãe natureza é atacada por um filho que age de forma estúpida.
Época Holocénica altura do seu nascimento e com o tempo, com actos, foi deixando a sua escrita, observável na crosta.
HOLOCAUSTO, o conjunto de traços que forma a sua rubrica.

(7V!RUS)
O que nos espera não sei, somente o que caminhei!...Ambicionei quando nasci poder crescer e ser feliz, não como algo inato, apenas porque alguem o quis! E aqui estou! Num destino permanente à espera do que me espera. É esta merda? Quem me dera ser um dia metade do que previa, se os sonhos fossem baratos pagava com melancolia que o meu espírito emana enquanto sonha. A realidade medonha são escolhas manipuladas por atitudes forçadas, sonhos, ideias condenadas vão perdendo importância. No meu mundo a violência é um reflexo da ganância. Tento infinitas estratégias, sou só peão no tabuleiro, espiritualmente sem rumo num corpo que tem paradeiro, ser subjugado a um sistema! Leis do patrão epistema que me faz seu empregado. Enquanto sou enrolado, vigários formam um legado, esta expansão materialista! Ao fim de vidas de trabalho somos só numeros numa lista, vendo passar os sonhos na televisão e na revista. Eu sou eremita! Espero pacientemente o sol entrar na minha gruta, tento iluminar ideias que surgem do improviso, esse nico metafórico, na mente, quando é preciso esclarecer as opções pra um futuro incerto! É concreto num momento mas abstrato no pensamento, vai estabelecendo rotinas a cada tento. Até à ruptura! Por cada escolha errada que provocou esta amargura existencialista. Não saber o que nos reserva o que criámos é uma pista para apurar a verdade, é metafísica, diz que a alma é que constrói a eternidade. Sigo instintos, sentidos, no limiar das emoções dos seres com os quais me identifico, como perplexo ignorante à espera de ser esclarecido! Uma sinfonia lesa timbra vã no meu ouvido, é o pulsar da natureza, ritmo que em mim tem crescido é mais que nunca uma quimera! Não sei se crio ou se destruo, não sei o que é que nos espera!

Homem VS Terra , comunidades antagónicas se criam.
Mãe natureza alimenta bastardos que a sacrificam,
Eras de aprendizagem com resultados egocêntricos,
Num destino fractalico nos embrenhamos,
Assinaturas humanas, cheques carecas!

sensações


Um espaço perplexo espera um impulso infinito
energia motora que activa um raciocínio
escravo, servo do espanto
um ignorante a experimentar

segunda-feira, 9 de março de 2009

experiências místicas unlimited


... adormeci, decidi, que acordei no paraíso onde um sorriso harmónico emanou de um improviso em momentâneo deleite, algo que o som aproveite como espontâneo enfeite a decorar divagos versos, parcos, leigos, controversos, de diversos conteúdos a explodir em tom caótico, que narcótico efeito devolvem ao meu arremesso, apenas peço quando atiro, para ficar neste retiro, onde os escritos me compensam com tudo o que não penso, há um consenso espiritual, entre o pensamento habitual e uma área restrita, que apenas se activa após qualquer experiência mística ...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

existencialismo espontâneo


...nem sei como me sinto, não vejo cores no que pinto. Amargurado por dentro, cheio de culpa, isento, da insatisfação de cada tento. Cada acção que concedo, tão cedo chegam reacções, corpos que medem as forças, mas em muitas direcções, que me baralho! Tudo o que me dá trabalho, ambiciono valorizar, mas levantar-me em cada tralho é que me faz recordar, fico confuso! Uma personagem redonda, neste mundo obtuso, valha-me quem eu estimo e quem me guia no caminho para o meu desconhecido! A Vida é um livro aberto, no capítulo em que me liberto sigo atento um ideal. Fruto da selecção natural, estou num processo evolutivo, quando retrocedo a quem sou, para onde vou é irrelevante, desde que, corajoso, leve o que desejo avante...

NOTA: falo aqui abstractamente na 3ª lei de Newton(Sir Newton, please;) mas o poema é dedicado a Charles Darwin(um mister), para comemorar o seu 200º aniversário =)



quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

...escaladas rimásticas (first note)...


...memórias são redundantes, que compreendem instantes, aqueles sempre relevantes para abarcar as decisões. Futuro, prisões indecisas como um muro, desabado quando acabam as dúvidas. Na tua mente, o teu presente apela para seres ignoto, não tires mais que uma foto, não deixes mais que uma pegada, segue a vida que te guia como se fosse uma fada. Acabada a via, subprumos testam a resistência, energia, essência, que coordena a sapiência que o teu espirito emana, como um catalizador da fonte, não é dor , não é sorte, é ser, lutar até à morte de ideais satisfatórios, como sonhos irrisórios que libertam sorrisos, estigmas, celebres avisos, para a vida que é tão curta, não abarca legados que se apagam com os olhos fechados...

domingo, 21 de dezembro de 2008

tralha inutil


é curioso o pensamento
quando adquire conhecimento
verdadeiro como quem passa
de conselheiro a trapaça
ocupa o espaço da memória
com tanta, supérflua história
excesso de informação
metade dela em vão
o raciocinio é instintivo
e pensar, um diminutivo
do sentir que rege ideias



NOTA: imagem deste minguante a 18/12/2008, captada pelo metodo do costume (maquinita encostada à ocular do telescópio - motivo de chacota por parte de todos astronomos e astrofotografos =)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Toys are us, nu continente!


Bem-vindo!
Ao mundo acabado onde há ódio, tristezas, ladrões!
Imundo gado subjugado a riquezas, vícios e ostentações!
Farsa eterna, enquanto passam serões, condenados lutam por quem governa, eu galgo texto aos tropeções.
Se tento algo, fujo enquanto o mal hiberna num tear de condições.
A sociedade foi iludida por barões, não por princesas nem dragões!
Tão racional que é o gado, enquanto penso, é controlado e por leões manipulado.
Posto de lado aos tubarões sou atirado, por isso fujo alucinado, do circo, aos trambolhões, onde o povo é tratado como chatos nos colhões.
Tenho um novo psicotrópico ingerido pelo ouvido, palavrões num papel escrito, ácido antrópico, espiral de sensações, longe de putas e cabrões, pórtico de uma galáctica que foge a ilusões, uma falha no sistema, resiste a corrupções, e a brasas mal espalhadas por falsas opiniões!
Engato o feliz e puro e sem charadas vou indo, a via é um mato escuro, enquanto cego tudo é lindo, em cada atalho há um aviso, em cada rego só começando é que findo!
Vai pró caralho se queres ser chato e sê bem-vindo a este mundo encantado e enganado.
Destrezas de espertalhões e és carrapato, agarrado a empresas e organizações, pias de merda para dar aos porcos, trocos e um rebuçado, e palmadões recebes dos teus patrões, Pato!
Abre os olhos, até o xito de Marrocos devia ser legalizado, é mais natural que certos molhos.
É esquisito, tantos patos que o tomam, sabendo que ilegal é que rende o triplo do guito!
É um bonito panorama enquanto o ar vai sumindo decidido, há uma trama que do Bem um certo Mal vai descobrindo.
Falo para quem entrar não estar fodido.
Bem-vindo! Ao mundo desesperado onde há leis escritas em mesas de vilões.
E o desespero ataca o cidadão honrado enganado pelas próprias acções.
E cai na teia social, é um insecto engolido pelas aranhas que a construíram.
O afecto é virtual na nossa aldeia tão global, que conseguiram uma cadeia, elos de vício e consumo.
Para todo o mal que nos rodeia fazer girar uma ideia transparente, fútil fumo nevoeiro ou geleia.
Eu vou fugir sem parapente, vou primeiro e sem rumo, quero ser bem-vindo noutro mundo mais profundo, onde sumo-sacerdote seja a harmonia, servindo um Deus que seja a paz do dia-a-dia, felicidade, até magia, onde o silêncio seja música, onde o debate seja orgia, onde ninguém foda o próximo por ganância ou primazia.


1 de Agosto, 2002

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

recordar a memória


...livre, entregue ao momento
entende a vida, é fugaz
e trás uma reflexão
a tecer cada emoção
que o coração bate em paz
livre e tão presa a quem vive
com quem momentos partilha
memória é curta mas brilha
a sua luz ilumina
quem a recorda
...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

vácuo


...hajam poesias e prosas
desta vida, um mar de rosas
com espinhos
a nado e em botes sigam
por entre o pânico, caminho
rumo a um extenso nevoeiro
mundo, este lúgubre mosteiro

alberga crentes instaveis
que as rosas vão manipulando
e o brando mar se revolta

em vão se instalam as guerras
berras e ninguem acode
nem dão pela tua ausencia
enfrenta o vasto vazio
na sua essência...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

de passagem


vivo a passar o tempo e matá-lo com o meu viver
acabo a vida sem tempo, sem a compreender
ao esclarecer cada momento em que a percorro
equilibrar com felicidade cada tristeza que choro
morro num lento processo, por respirar
regrado por este meio, vida que me vê passar
guias me empurram em tentos e decisões
mas minhas motivações em vão se incitam
tentam algo original, de outros imitam
tantos que aqui passaram e progrediram
tudo o que de mim broto, algo efémero
como tudo o que antes viram meus olhos

FOTO: magnifico poço profundo no rio Teixeira perto do Cercal

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

7 anos


sete anos complexos
divido-os em vários anexos
de liberdade em cada ano
comprometido com quem amo
celebro tudo o que passámos
recordo o que alcançámos
o que faria sem ti ?
luto por ti até ao fim
vejo-te como minha musa
inspiras a mente confusa
que arrasta o meu corpo
sete anos que me fortalecem
enquanto versos se vestem
amo-te do meu coração
sem ti sou morte e solidão
seria a vida uma tragédia

quinta-feira, 31 de julho de 2008

grafia abstracta


olhares perdidos na bruma
no longo e fugaz horizonte
unindo a selva dispersa

difunde a calma aparente
na tela sempre diferente
a alma surge emancipada
solta a aura natural
inspiração em debandada

dá lugar à descoberta
de um futuro incerto
com tantos sonhos por perto
vida, este quadro vazio
a um passo de ser colorido
pintam em mentes ideias
teias de caos reflectidas

segunda-feira, 14 de julho de 2008

condução instintiva


cabisbaixo,vagabundo
por ambientes indiferentes
ao que se passa no mundo
o instinto escolhe soturno
entre lúgubres pensamentos
acções em vão desencandeiam
o futuro em que se incendeiam
finais felizes, distantes
passado, livros em estantes
e o que se entrega ao momento
apreende o errado e o certo
e um passo escolhe o caminho
sozinho, observa quem passe
até que ultrapasse o que enfrenta
enquanto tenta um desfecho
o instinto é um trecho do guia

terça-feira, 1 de julho de 2008

vidas celebram outras vidas


viver desvenda os segredos
ao desaparecerem os medos
em revelações retrospectivas

mentes se abrem ao mundo
sonhar , um mapa profundo
das vias desconhecidas

morrer será uma constante
entre variaveis presentes
escolher trás muitas saidas

felicidade dura uns momentos
entre as tristezas memórias
histórias de apontamentos
vidas celebram outras vidas

segunda-feira, 23 de junho de 2008

sol das 1001 poesias


solstício chega de novo, pra iluminar o verão
mas quente, penso ao serão, não me refresco
espero o nascer do dia que alimenta as marias
astro que lhes dá vida, plantas que se deleitam
espreitam pela aurora o sol que emana o sorriso
enquanto durmo um pouco, o dia está mais comprido

domingo, 22 de junho de 2008

existir


A existência dissoluta de uma mente pouco astuta anuncia decadência, de um ou outro ideal, em permuta na consciência. E um louco deambula e renuncia a persitência de uma aldeia global, que de paradigma pouco pula, a ciência é um enigma que confunde a existência. E a mente individual só é audaz se duvida, zela e paga com a vida pra provar que é capaz de vivê-la.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

pensamentos soltos


ideias guiam-te, são farois presentes,
administram o que sentes
reanimam inconscientes pensamentos,
ideais são trespassados
entre esboços, feridos quando acordam,
apontamentos corrigidos
recordam que em tempos idos nasceram,
até hoje permaneceram unidos
e aborrecidos, não nascem todos os dias,
não destinguem tristezas das alegrias
penso, em nada me instalo, psitacismo mental
tanto ideal categórico, estóico escrevo e rimo
impaciente ao infinito, ritmo entra em atrito
monologo em calma aparente, a pensar como quem sente
o ego fala a seu gosto, eco da religião sem crente


FOTO: serra da lousã perto do burgo ao nascer do dia

quarta-feira, 14 de maio de 2008

paz utópica

pus tanto daquilo que sou no que já fiz
réu, advogado e juiz, no tribunal desta vida
sobrevivo por um triz à ditadura de mim
escolho o que nunca é bem assim e em vão fujo
encurralado em entretantos, divago, sujo o meu sonho
esclarecer o passado, com o que proponho é irrelevante
alicerces que construo, frágeis, caem num instante
distantes metas alcancei por etapas, outras virão
sou contra guerras, ao serão, sentado, parto um canhão
é o meu protesto, desabafo e o resto, talvez dê pra mais um bafo

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Escalada trip@Redinha


Não é muito habitual postar coisas destas aqui, mas desta vez não resisti portanto isto é um video sobre a actividade de escalada recriativa=D realizada por mim e pelos meus amigos(o video tem créditos=)em vale de poios e na nossa senhora da Estrela perto da Redinha, a 16 de março! Caminhámos toda a manhã desde poios até à senhora da estrela(o k ainda é um esticão brutal a galagar mato) mas a malta estava bem armada para a luta, munida de canhões:D e granadas de mão(sagres=)! A trepada propriamente dita decorreu numa unica via, a "não nomeada"IV+ no sector Fendilhona(e era a mais facil de todos os sectores:), trepámos todos com Top( metade da malta nunca tinha escalado na vida)e correu tudo fabuloso(tirando um empurrãozito ou outro=)! Foi um dia brutal...
P.S. a musica do video(não aparece nos creditos pk m falhou a memória) é dos CALLENISH CIRCLE(holandeses com ganda malha fixe) com a " no reason"
! E ficam desde já avisados que o cromo que realizou isto deve ser é um grande ceguinho

segunda-feira, 7 de abril de 2008

guerras


penso em erros de combatentes
de regras que são deprimentes
e as guerras que dão em massacres
desculpas para os melhores saques
países inteiros manipulados
civis sem voto e mal tratados
sem razão condenados, mais um cabrao
daqueles que escorraçam talibans
pró Afeganistão continuar a dealar pó
e o Iraque, o reino das 1001 noites
agora pânico e morte assolam crentes
entre açoites de ditador e capitalista
em prol do ópio e do petroleo
por poder se gera qualquer conquista


´Foto:americanos nos arredores de Bagdad, sacada do google;

quarta-feira, 26 de março de 2008

momento eso-apocalíptico


...prevejo o fim do ser Humano, Escatologia colectiva
com todos os stresses do clima e o aumento do iva
a progressiva mudança e o desequilibrio na balança
a Era do Homem finaliza por violarem os Hieras
ao profanarem o sagrado que conserva a Natureza
este incauto atmosferico acaba com o plano etérico
há um acordo numérico entre os que nos governam
nada conservam em prol das gerações que aí vêm
consomem tudo o que têm pelo conforto terreno
covardes com medo da morte, na vida é o que acontece mais
ideais mudaram muito mas metodos são sempre os mesmos
instinto de sobrevivência da fonte dos padrões eternos
unir o espirito e a matéria e atingir o macrocosmos...

sexta-feira, 21 de março de 2008

ainda há primavera


mais um dia mundial da floresta
a que resta, face ao mal que se manifesta
neste mundo acolhedor, já foi melhor a primavera
sem poluição humana a invadir desta maneira
angustiado, sigo aromas, a panaceia das flores
esqueço as dores que sinto, pelas cores envolvido
durmo sob o céu estrelado, contemplo imaginativo
a maravilhosa mata, eu apenas um ser vivo
tal como as aves que cantam, harmonias que me encantam
esqueço até que sou humano, por vergonha do que fazemos
destruímos a natureza, sem ela não sobrevivemos

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

HOMEM versos MUNDO


(7virus)
Há um revés de gerações que pulsam vida e se sucedem, um efeito borboleta em todo o mal que antecedem. Água, fogo, terra e ar, sofrem com um elemento, o Homem, o seu mal continuo provocado num momento, fez da escolha natural um acesso premeditado, o que transforma, o que constrói é destruido noutro lado. O confronto é inevitável entre o meio e o poder que se alimenta do medo que faz transparecer iludindo a ignorância...
(Fiffas)
...com a inconsciência à sua semelhança através da acção tansa. Poluição é mais que uma ameaça, é uma causa para a degradação do planeta. Avançam intempéries por falta de mentalidade, a capacidade de raciocínio escasseia nos tempos modernos. É tudo tecnologia, evolução e a cada dia que passa a incompreensão ganha terreno. Erros e mais erros, poucos tentam evitá-los, os lapeiros comodistas irão ficar engasgados pela merda que favorecem. Não compreendo, mantenho-me a par, recuso-me a aceitar certas cenas que acontecem, prevalecem e se mantêm malificiosas, para as propostas que natureza nos pôs. Humanidade bateu na porta errada, naufragou na via a que se propôs. Valores sofreram uma reviravolta e nas sociedades o pânico se instalou. Há falta de gentileza para quem nos criou, criou-se um clima podre na civilização, existem confrontos desnecessários que originaram esta minha visão. A fé ou esperança que guardo, não é mais que um vazio concentrado de estupidez humana que interfere na minha compreensão...
(7virus)
...se o Amor tem mais poder que a violência há um paradoxo que me testa a paciência, a minha experiência diz-me para adorar a Terra, a mesma corrompida pela ganância da guerra. Opressão e monopólio são os novos ditadores, os mesmos que alugam o espólio, prometem vidas melhores esgotam recursos inuteis incutem os seus valores como a nova religião, materialismo, a doutrina consumista que nos empurra do abismo! Condenados a uma vida futil presos a um meio social que nos leva a um futuro sem um dogma ou ideal, satisfatório! De geração em geração vai-se arrastando o promontório que noutro sitio se acumula, a base da nossa vida não se regula, sofre em permuta constante. De nada vale a sapiência quando o rei é ignorante. Nada garante o que reserva o futuro, segue por vias transcendentes, reflexo dos erros do passado predicando tudo o que sentes.



O bem, o mal, as duas faces de uma moeda, o próprio Homem
o produto da evolução das energias que consomem
qualquer acção e reacções ricas em efeitos secundários
espelhos da civilização inibem os sonhos primários


(Fiffas)
Todo um ciclo de vida é afectado por um ser inoportuno(ai é agora após o sono?!)
o ser mais complexo transformou o rumo vitalício
por mais artificios que se criem, já não nos tiram do lodo!



Sinto o que sinto do que se sente, sinto-me deprimente, invadido por pensamentos negativos acerca do Homem inconsciente. Tou ciente do que digo pelo que observo, observo distúrbios no fenómeno que é a mente e é por essa observação que opto por caminhos diferentes. A infecção propagou-se sem barreiras, nem exitação, o caos citadino expandiu-se, atingiu o meio rural contribuiu para a sua degradação. Civilização vive lado a lado com a corrupção, têm a febre do dinheiro, pseudovalores em ebulição. Rotinas cansativas, monotonias aflitivas, muitas vidas em questão. Pessoas perdidas sem orientação, são iludidas nesta evolução regressiva. Sendo objectivo, ideias analíticas formam críticas construtivas mas não passa de uma opinião! O mal é continuo mas qual a razão? Metam o pé no travão. Se o mundo não em salvação que se salve quem tem o senso mais à mão...
(7virus)
...o credo na religião não nos salva do purgatório, o nosso próprio asilo, provoca um peso notório, na consciência! A experiência de uma vida, que hábil, solta a inocência, enfrenta o vasto vazio, na sua essência. Um mundo sem opressão, só altruísmo, acumulado em vão, sentado à beira do abismo. Enquanto escolhas se apagam uma chama permanece a iluminar cada alma, que sonha e o seu destino tece, numa ventura, com a fé de que emoções surgem de energia pura! Boa ou má há em cada um, canalizá-la é uma amargura, saber qual influencia mais a qualquer momento, cada acção é um espelho que reflecte o pensamento. Mas há acções positivas que despoletam negativas, tornando todo um meio, eterno ciclo vicioso, enquanto morre um anjo nasce um demónio ansioso, lutamos sem argumentos, só quando o mundo se perde, unimos os nossos sentimentos! Protecção, competição, são inatas em qualquer espécie, é o coração a pulsar vida que todo ser agradece. O Deus, vida alma global que surge em toda a natureza, relações fisico-quimicas que alimentam a mesa em simbiose de Amor. Gerando todo um Universo, o Deus maior!