quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ao som etéreo!


há coisas que não apagas
ficam marcadas no corpo
como chagas num morto
que perdeu o seu combate
de emoções, formas de arte
algo que possa ensinar-te

ritmo que eleve o espírito
revela a essência de alguém
é certo que bocas de pobre
não enriquecem ninguém
mas também geram inventos
puderam tentos ser feitos
da ignorância aos conceitos
ideais seguem isentos
mas sem lugar ideal

e como tal aki habito
em, e meio superficial
no limiar do que acredito
já nada trago comigo
alem de um imaginário
cubículo infinito
que ignóbil desperdiço
quando a luz não ilumina
este submisso destino

como espírito eterno
num invólucro efémero
sigo a compasso ritmado
e a dançar ao som etéreo

Foto: no poço azul em 2007