segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Toys are us, nu continente!


Bem-vindo!
Ao mundo acabado onde há ódio, tristezas, ladrões!
Imundo gado subjugado a riquezas, vícios e ostentações!
Farsa eterna, enquanto passam serões, condenados lutam por quem governa, eu galgo texto aos tropeções.
Se tento algo, fujo enquanto o mal hiberna num tear de condições.
A sociedade foi iludida por barões, não por princesas nem dragões!
Tão racional que é o gado, enquanto penso, é controlado e por leões manipulado.
Posto de lado aos tubarões sou atirado, por isso fujo alucinado, do circo, aos trambolhões, onde o povo é tratado como chatos nos colhões.
Tenho um novo psicotrópico ingerido pelo ouvido, palavrões num papel escrito, ácido antrópico, espiral de sensações, longe de putas e cabrões, pórtico de uma galáctica que foge a ilusões, uma falha no sistema, resiste a corrupções, e a brasas mal espalhadas por falsas opiniões!
Engato o feliz e puro e sem charadas vou indo, a via é um mato escuro, enquanto cego tudo é lindo, em cada atalho há um aviso, em cada rego só começando é que findo!
Vai pró caralho se queres ser chato e sê bem-vindo a este mundo encantado e enganado.
Destrezas de espertalhões e és carrapato, agarrado a empresas e organizações, pias de merda para dar aos porcos, trocos e um rebuçado, e palmadões recebes dos teus patrões, Pato!
Abre os olhos, até o xito de Marrocos devia ser legalizado, é mais natural que certos molhos.
É esquisito, tantos patos que o tomam, sabendo que ilegal é que rende o triplo do guito!
É um bonito panorama enquanto o ar vai sumindo decidido, há uma trama que do Bem um certo Mal vai descobrindo.
Falo para quem entrar não estar fodido.
Bem-vindo! Ao mundo desesperado onde há leis escritas em mesas de vilões.
E o desespero ataca o cidadão honrado enganado pelas próprias acções.
E cai na teia social, é um insecto engolido pelas aranhas que a construíram.
O afecto é virtual na nossa aldeia tão global, que conseguiram uma cadeia, elos de vício e consumo.
Para todo o mal que nos rodeia fazer girar uma ideia transparente, fútil fumo nevoeiro ou geleia.
Eu vou fugir sem parapente, vou primeiro e sem rumo, quero ser bem-vindo noutro mundo mais profundo, onde sumo-sacerdote seja a harmonia, servindo um Deus que seja a paz do dia-a-dia, felicidade, até magia, onde o silêncio seja música, onde o debate seja orgia, onde ninguém foda o próximo por ganância ou primazia.


1 de Agosto, 2002

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