sábado, 21 de março de 2009

fodido


Fico fodido com o futuro que tenho construído
sem saber a razão nem encontrar a solução
sou só mais um cabrão no meio da população de filhos da puta.
Abrem a mão do desgosto perdem tempo com disputas
pernas curtas são mentiras que iludem pensamentos
do meu esgoto lírico emano parcos argumentos
filosofias baratas escondem a minha vergonha
pela sociedade! Força-me a ser o que alguém sonha
A minha ronha devaneios frustrações
meios defesas primárias motivadas pelo medo
que haja algum segredo por trás do que faz mover
Guerra paz inconsciência
morrer desaparecer apodrecer enquanto vivos
a procurar divertimentos pelos mais baixos motivos.
Crivos deixam passar o grão que é miúdo
atirado para um mundo competitivo e graúdo.
Ver sentir e falar mudo
são armas que explodirão revelarão um futuro
sempre sem contar com sorte
a disparar tiros no escuro
acertar na salvação a dar o duro!
A vida só para morrer é ignorância
endrominar para esquecer
mais que egoísmo é ganância.
É surreal o elitismo que suscita inveja
pois dependemos dos outros
seja quando pelo que seja
até surgir um momento de total isolamento
não passamos de um fracasso
sem ter com quem desabafar não sei! Que faço?

Bebo o vinho e parto a puta da cabaça
se já matei a traça afoguei mais uma mágoa.
Uma senda do destino tão inata como a água.

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