terça-feira, 25 de setembro de 2007

nada

Não tenho nada pra dizer mas o papel está a ressacar. Pede doses de descarga, de prazer incontrolado, vou gritar sem dizer nada por um bocado, ferir ouvidos moucos, recomeçar o acabado cujo fim consome loucos. Já poucos são os restos de inspiração, ando com fome de versos ocos, saudades da imaginação.

improviso antigo


No improviso entro e saio, fico ileso! Uma luz dá o aviso, invade a mente e fico aceso pró desprezo conceptual! Sem tema o raciocínio é muito mais espiritual. Um divago é tão coeso como um dito trivial senão, igual a qualquer teso ideal convencionado e global! E como tal, falo sem nexo, tudo o que vejo é tão complexo que o consciênte fez uma pausa, sou tudo aquilo que conheço e desconheço a sua causa!
Consequência: há um sarcasmo enigmático, quando apático, emito um espasmo. Um dom galático envadiu o espirito, se o vires, traz-mo. É o poder satírico, a expressão do desejo! Só o sinto quando o exprimo, mas sinto muito, não o vejo! Como queijo, algo escapa na memória mas não ostento, não invejo! Teço um esboço agora, reciclo o que deitas fora. Tão grande o Mundo que és, e tão pequeno aos meus pés, caminho-te por me ir embora
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10/1/2003

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

ser e sentir


sentes sempre quem és mas nunca serás o que sentes
o que sonhaste esqueceste, planeias algo que desmentes
mentes aos teus desejos, segues vias que surgiram
despojos que acumulaste taparam os rastos que te guiam
e és um reflexo do meio, sentidos são em ti clonados
estás vinculado a seres pelo Ter amaldiçoados
sozinho segues vazio por tentares o que sentiste
em grupo sentes quem és, mas nunca o que almejaste
o que sonhaste esqueceste ou sonharás para sempre
nessa calma vitrea, colaste em visões pasmosas
a realidade e os sonhos, fundes em poesia e prosas