quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Tentativas

Penso,
Sinto o instinto chegar a um consenso,
Um fogo intenso brilha dentro do meu Ego,
Exala força com a qual me assossego
Em paz por alguns momentos,
Até surgir inquietude, preciso de novos tentos.

Falo,
Deixo de sentir o que pensava,
o instinto divaga enquanto o ego se confronta
Com asos da realidade,
sigo em vão um caminho cujo fim se evade,
surgem novos momentos por cada um dos meus tentos.

Tento,
deixo-me fluir por uma imagem,
faço escolhas como degraus no caminho,
sigo por uma via, não sozinho,
nem tão mal acompanhado,
tento por um futuro,
evito erros do passado!

domingo, 19 de fevereiro de 2006

Escolhas

Enquanto houver escolha haverá sempre diferença.
Experiência!
Esperança numa crença,
sinal de uma inteligência superior ao ser humano,
não um Deus pra disfarçar os erros do quotidiano.
O amor em traços simples é exprimido pela empatia,
não sem dor e sofrimento escondidos pela vergonha.
Que agonia!
Já sabia que ilusão há em tudo aquilo que o Homem sonha,
a frustração do simples acto
sem que a verdade se reponha.
A ronha da sociedade é comodismo, sedentária evolução.
Robots pra limpar o cu
e o teu Deus é o teu patrão!
Ès pago pra enganar a solidão.
Esquecimento é o medo de quem vive no momento,
de quem não premedita a acção através do pensamento!
A escolha inconsciente é o pesadelo mais real,
causa e efeito estão presentes até no acto mais banal.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

versos...

sofro, calmo no silencio medito
lucidez que se saceia num encontro de palavras
contam com o que acredito
tento em vão encontra-las
delas teço um vão fio sem meada
um desafio me agasalha
não tenho nada
um vazio, desassossego sem nexo
com o qual me convenço
quão caotico incomum é o meu senso

estou de partida
a enraízar a minha vida com calma
comer alimenta o corpo
semear alimenta a alma
sou agricultor de metáforas
por mim vividas
quando por fim colhidas
delas faria versos
harmonizam o dia